O Blog de Assis Ramalho e a Web Rádio Petrolândia fez cobertura do 18º evento da FENEARTE, a maior feira de artesanato da América Latina (Fotos: Assis Ramalho e Lúcia Xavier)
A Caravana do Sebrae, organizada em parceria com a Associação Café com Arte, levou 19 pessoas de Petrolândia ao evento: Zélia Silva, Cristina Melo, Rozália Ferraz, Jéssica Daiana e Gabriela Souza, Jailma Félix e Josivânia Souza, Alex Santos, Lilla Maranduba, Janaína e Pedro Henrique, dona Laura Oliveira (de Caraibeiras) e as jovens Laysa, Monalisa e Monic Souza, as irmãs Aurenice e Aureane, além de Assis Ramalho e Lúcia Xavier
Ilga Carvalho, que produz sabonetes artesanais com essência natural de frutas e ingredientes de origem vegetal. A artesã petrolandense, em companhia do marido Hilton Filho, descreveu suas participações na feira de artesanato.
Aldeny, artesão de Caraibeiras, distrito do município de Tacaratu. Aldeny é membro da Cooperativa dos Artesãos Têxteis de Caraibeiras. Em conversa com nossa reportagem, o artesão avaliou a 18ª edição da Fenearte e comentou as mudanças no formato das ruas/galerias do evento e revelou que houve queda no faturamento durante a feira deste ano, em comparação com anos anteriores.
A coleta de entrevista foi encerrada em depoimento com a artesã Fátima Belém, presidente da Associação dos Artesãos e Agropecuaristas de Petrolândia - Café com Arte
Nesse domingo (16) foi encerrada no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda, a 18ª edição da Feira Nacional de Artesanato (Fenearte), a maior feira do setor da América Latina. Este ano, o blogueiro Assis Ramalho participou pela primeira vez da Caravana do Sebrae à Fenearte, promovida pelo Sebrae-Regional Serra Talhada. A coeditora deste blog, Lúcia Xavier, acompanhou o evento pela segunda vez.
Na Fenearte, a reportagem do Blog de Assis Ramalho e da Web Rádio Petrolândia conversou com artesãos de Petrolândia e Tacaratu, cidades vizinhas situadas no Sertão de Itaparica. O governador Paulo Câmara, que chegou cedo ao Centro de Convenções, em comitiva com a participação do deputado federal Danilo Cabral, também conversou com nossa reportagem.
Sobre a Fenearte, o governador elogiou o evento, criado há 18 anos, e ao qual deu continuidade.
"[A Fenearte] É um orgulho para todos nós, pernambucanos. É uma feira bonita, que a gente planeja o ano todo, e nos dá a certeza de que estamos fazendo as coisas certo, porque fazendo isso estamos prestigiando a cultura pernambucana, os artesãos pernambucanos e de todo o Brasil, que para aqui vêm. É um evento que é marcado por muita criatividade e pelo fortalecimento da nossa cultura e das nossas raízes, a Fenearte é um grande exemplo de valorização da nossa cultura e dos nossos artistas e, este ano, eu posso dizer que todas as expectativas foram superadas. Houve mais público, mais negócios, e os artesãos estão satisfeitos por esses onze dias de feira", disse o governador. No último dia do evento foi anunciado que, em 2018, a Fenearte terá um dia a mais de duração.
Paulo Câmara ainda respondeu perguntas sobre ações do seu governo no município de Petrolândia. Este blog tratará desse tema em nova matéria.
A Caravana do Sebrae, organizada em parceria com a Associação Café com Arte, levou 19 pessoas de Petrolândia ao evento: Zélia Silva, Cristina Melo, Rozália Ferraz, Jéssica Daiana e Gabriela Souza, Jailma Félix e Josivânia Souza, Alex Santos, Lilla Maranduba, Janaína e Pedro Henrique, dona Laura Oliveira (de Caraibeiras) e as jovens Laysa, Monalisa e Monic Souza, as irmãs Aurenice e Aureane, além de Assis Ramalho e Lúcia Xavier.
A reportagem do Blog de Assis Ramalho conversou com artesãos de Petrolândia e Tacaratu. Nos depoimentos, os artesãos comentam suas experiências no evento e avaliam a 18ª Fenearte.
O primeiro estande visitado foi o de Ilga Carvalho, que produz sabonetes artesanais com essência natural de frutas e ingredientes de origem vegetal. A artesã petrolandense, em companhia do marido Hilton Filho, descreveu suas participações na feira de artesanato.
"Esta é a 17ª edição da Fenearte que eu participo, das 18 realizadas. Lembro que na primeira que eu participei não tive lucro, mas também não tive prejuízo e, depois, o negócio foi bombando. Quanto mais [produtos] você traz, mais você vende. Nesta edição eu trouxe 300 kg de sabonetes e o estoque já está chegando ao fim. Nas outras [primeiras] edições, eu trabalhava com tecelagem, almofadas, pinturas, mas desde 2010 que eu estou com os sabonetes artesanais. Participar da Fenearte é muito bom, é muito gratificante porque o que você produz, se tiver qualidade, você vende e, graças a Deus, agradeço a Deus todos os dias por ele ter me dado esse dom e de conseguir vender o meu material."
Ilga diz que a alavancada dos seus negócios na Feirarpe aconteceu com o lançamento dos sabonetes artesanais, produto que conheceu uma matéria na televisão e fez curso em São Paulo para aprender a fabricar.
"Os sabonetes artesanais foi um diferencial, porque naquela região [Sertão de Itaparica] ninguém tem. Os meus sabonetes são naturais, o extrato é da própria fruta e, ainda mais, a pele agradece. A ideia de produzir esses sabonetes nasceu após eu assistir um programa na televisão, e tava passando uma matéria sobre um rapaz que fazia esse sabonete. Aí, eu fui a São Paulo, vi de pertinho, passei cinco dias fazendo um curso e me apaixonei. E daí eu comecei a fazer o sabonete, fui devagarzinho, fui aperfeiçoando e, graças a Deus, hoje estou aqui com esse sabonete que é um sucesso'', finalizou Ilga, fazendo questão de dizer que é uma apaixonada por artesanato e espera estar presente na 19ª Feirarpe, em 2018.
O entrevistado seguinte foi Aldeny, artesão de Caraibeiras, distrito do município de Tacaratu. Aldeny é membro da Cooperativa dos Artesãos Têxteis de Caraibeiras. Em conversa com nossa reportagem, o artesão avaliou a 18ª edição da Fenearte e comentou as mudanças no formato das ruas/galerias do evento e revelou que houve queda no faturamento durante a feira deste ano, em comparação com anos anteriores.
"O primeiro ponto [a avaliar] é o formato da feira, que antigamente era labirinto, foi mudado e teve essa dificuldade, porque, às vezes, os clientes não passam em todos os locais que eles estão querendo. Também tinha [em edições anteriores] divulgação fora da feira (panfletos, por exemplo), apresentações turísticas [culturais] e bandas famosas, como Dogival [Dantas], Alceu Valença e outros, o que atrai o turista para ele visitar a feira e também participar dos shows. Este ano não teve. Tem também a crise no Brasil, que está acontecendo, aí pra gente que tem artesanato de Caraibeiras a média [do faturamento na feira] vai chegar em torno de 20 a 25% menos do que o ano passado".
Aldeny também explicou o funcionamento da produção dos artesãos na cooperativa, situada na Capital Pernambucana da Rede.
"A Cooperativa recebe os pedidos de produtos, compra a matéria-prima e passa para o artesão produzir, ele produz e cooperativa revende, colocando uma margem de lucro para pagar as despesas (funcionários, contador e outros custos fixos). São 26 famílias na cooperativa. A cooperativa exporta para França, Alemanha, Portugal. Deu uma queda na exportação nos últimos três anos. Já era pra ter melhorado, mas está sendo lento".
A coleta de entrevistas foi encerrada em depoimento com a artesã Fátima Belém, presidente da Associação dos Artesãos e Agropecuaristas de Petrolândia - Café com Arte. A entidade participou do evento com estande próprio, com quiosque com produtos de couro do peixe tilápia em quiosque do Sebrae e no estande da Prefeitura de Petrolândia. A artesã avaliou a Fenearte 2017 e ressaltou a importância da feira para os artesãos.
"Entre bom, regular, melhor ou ótimo, ela está regular. Motivo foi a mudança que foi feita na organização da feira, que este ano mudou. O que aconteceu foi o impacto entre o cliente e a gente, artesão. Ficou larga, ótimo. Ficou uma feira bonita, ficou. Mas ficou aberta e o pessoal não circula em todos os estandes, e assim a gente é prejudicado. Por exemplo: nós, da Café com Arte, fomos começar a vender a partir do dia 12, teoricamente três dias para vender [evento começou dia 6]. Vendia [nos dias anteriores], mas era muito pouco. Então, eu que nós vamos vender. Hoje é o último dia, nós começamos a bombar do dia 12 pra cá, mas aconteceu essa diferença. Segundo a Primeira-Dama [de Pernambuco, Dra. Ana Luiza Câmara], era o costume do pessoal. Conversei com ela, passei pra ela o impacto de todo mundo [com a mudança]. Falei pra ela [que] ficou ótimo para a venda, pra eles e para o cliente. Mas, para nós, que somos o foco, somos nós que fazemos a feira, não ficou legal."
Sobre a tradição da Associação Café com Arte participou pela 12ª vez da Fenearte. Segundo Fátima, como artesã individual, ela participou de três edições anteriores. "Eu tenho 15 anos e a Café com Arte tem 12 anos. Espero que hoje, encerrando [essa edição], continue sendo um sucesso [o evento], porque todos esses outros anos sempre foram de sucesso."
Fáfá ainda destacou a importância da Fenearte para os artesãos.
"Foi muito bom, foi excelente, maravilhoso os outros eventos. Agradeço a Deus por ter colocado a Fenearte na nossa frente, porque hoje, devido à Fenearte, mudou a vida de muita gente, inclusive a minha. Eu lutava para ter um automóvel, eu não tinha, e com um ano eu trabalhei desde janeiro dizendo "este ano eu compro um carro", e comprei. Então a Fenearte é um grande exemplo pra muitos artesãos."
Ver todas as fotos>Blog de Assis Ramalho visita a 18ª Fenearte
Redação do Blog de Assis Ramalho
Fotos: Assis Ramalho e Lúcia Xavier