Imagem aérea do Campus da UFPE, no Recife - Foto: UFPE/Ascom/DivulgaçãoA Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) vai construir um Campus em Sertânia, no Sertão do Estado, com 2.800 vagas e seis cursos de graduação - dois deles inéditos para a instituição. O projeto nasce a partir da aprovação do Governo Federal, que vai fazer 10 novos campi tanto para universidades federais pelo Brasil, além de novas unidades para Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia.
De acordo com a UFPE, Sertânia foi o município escolhido para receber a nova unidade pela sua "localização estratégica", na Mesorregião do Sertão pernambucano, além de estar a 316 quilômetros do Recife.
O investimento do Governo Federal será de R$ 60 milhões. Desse valor, R$ 50 milhões serão destinados para a infraestrutura dos prédios a serem construídos e R$ 10 milhões para a compra de equipamentos.
Cursos inéditos
O Campus do Sertão vai receber, inicialmente, os cursos de Medicina; Medicina Veterinária; Engenharia de Energias Renováveis; Engenharia de Recursos Hídricos e do Meio Ambiente; Administração Pública e licenciatura em História. Serão ofertadas 2.800 vagas nos cursos novos, que serão ocupadas ao longo de cinco anos. Deverão ser contratados 284 docentes e 86 técnicos administrativos em educação.
Os novos servidores serão chamados aos poucos, à medida que os concursos forem sendo realizados ao longo dos anos de 2025, 2026 e 2027.
“Levamos em consideração o pleito que a região fazia para definirmos os cursos que seriam implantados. A Prograd [Pró-Reitoria de Graduação] fez um levantamento dos cursos de graduação públicos ofertados na região; além disso, em toda reunião, havia o pleito para o curso de Medicina, então não poderíamos deixá-lo de fora”, explicou o reitor Alfredo Gomes.
Há destaque também para os cursos de Engenharia de Energias Renováveis e Engenharia de Recursos Hídricos e do Meio Ambiente, que são inéditos para a instituição. “Esses novos cursos estão olhando para o futuro, pensando em questões climáticas, ambientais, assuntos que a região, também, demanda para o seu próprio desenvolvimento”, afirmou o vice-reitor, Moacyr Araújo.
Criação dos cursos
O reitor e o vice-reitor Araújo se reuniram nessa terça-feira (9) com a Comissão de Estruturação dos Projetos Pedagógicos dos Cursos (PPC) do Campus do Sertão, em Sertânia, para apresentar as diretrizes para a criação desses seis cursos. A estimativa é que os cursos tenham os seus PPCs elaborados pela comissão até fevereiro do ano que vem.
Após análise pela Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) da UFPE, devem ser aprovados pela Câmara de Graduação e Ensino Básico (CGEB). Em seguida, seguem para aprovação do curso no Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão (Cepe) até meados de março de 2025, quando todos os cursos devem ser devidamente cadastrados no e-MEC, órgão responsável pela tramitação dos processos de ato regulatório das instituições de educação superior do Brasil. Após essas ações, serão abertos concursos para docentes e técnicos administrativos em educação para atuar no novo campus.
Universidade Federal de Pernambuco. - Foto: Arthur Mota/Folha de PernambucoInício das aulas
No momento, há a previsão de que dois cursos tenham aulas inaugurais ainda no segundo semestre do ano que vem - 2025.1 -, em um prédio cedido pela Prefeitura de Sertânia, enquanto o edifício definitivo do campus estiver em construção. A expectativa é de que a primeira edificação da nova unidade fique pronta no primeiro semestre de 2026 e o outro, no segundo semestre do mesmo ano.
“Se até o semestre letivo 2025.1 conseguirmos implantar os dois cursos e fizermos concurso para os primeiros docentes e técnicos, quando os prédios definitivos ficarem prontos, já teremos uma comunidade acadêmica instalada”, explicou o reitor.
Os cursos que serão implantados em março de 2025, com aulas previstas para 2025.2 (semestre letivo 2025.1), ainda não foram definidos pela UFPE. Ainda assim, a instituição afirmou que é provável que sejam dois dentre os que não necessitam de laboratórios ou atividades de aula prática no primeiro semestre. Com isso, as opções podem ser: Engenharia de Energias Renováveis; Engenharia de Recursos Hídricos e do Meio Ambiente; Administração Pública ou licenciatura em História.