Pelo celular, a dona de casa Camila de Oliveira soube da novidade.
“Entrei no aplicativo e conferi e vi que tinha aumento”, conta.
Ela, o marido e quatro filhos moram em uma casa na região da Estrutural, a 15 km do Centro de Brasília e dependem do Bolsa Família para abastecer a despensa.
“Só ele que trabalha. E, assim, às vezes tem, às vezes não tem serviço. Vai ajudar bastante dentro de casa com quatro crianças pequenas, vai ser muito importante para a gente”, diz Camila.
A partir de junho, o cálculo do pagamento vai mudar. O governo vai passar a pagar R$ 142 por integrante de cada família. Em lares com menos de quatro pessoas, o valor mínimo de R$ 600 será garantido. Somado a isso, continuarão a ser pagos R$ 150 por criança entre 0 e 7 anos incompletos.
E, a partir de agora, mais R$ 50 por gestante ou criança ou adolescente entre 7 e 18 anos incompletos. No caso de gravidez, o valor extra será depositado por nove meses.
O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, explicou que o pagamento por integrante da família, em vez de um valor único, era uma reivindicação antiga.
"Uma família de 10 pessoas adultas recebia antes do Auxílio Brasil R$ 600, que era ali R$ 60 per capita. Agora, essa família de dez, ela vai para R$ 1420. Ou seja, ela tem ali uma condição de uma renda que garante a condição da alimentação", diz Wellington Dias.
Segundo o governo, com as novas regras, quase 10 milhões de famílias terão aumento no valor do benefício. O pagamento deste primeiro mês começa a ser depositado a partir de segunda-feira (19) e vai até o dia 30 - de acordo com o Número de Identificação Social, o NIS.
Com a nova regra, o valor médio do benefício, que em maio era de R$ 672, passará para R$ 705.
“O aumento que está vindo vai ser muito importante não só para mim, mas para todas as famílias que vão receber, porque a gente que tem filho pequeno sabe o quanto é difícil e também sem trabalhar fica mais difícil ainda”, completa Camila de Oliveira.
Por Jornal Nacional