“Os médicos brasileiros não querem trabalhar nos locais distantes ou de difícil acesso, o que gera uma grande rotatividade de profissionais nos postos de saúde. Já os cubanos aceitam ir para onde indicamos. Por isso será problema no país inteiro”, diz secretário de Saúde.
Em Pernambuco, nono estado com maior atuação de médicos cubanos, serão 414 profissionais a menos, sendo 13 em unidades indígenas. Diante da ameaça de deixar parte da população sem atendimento, o Ministério da Saúde afirmou que abrirá, nos próximos dias, um edital para preenchimento das vagas desocupadas após essa decisão.
Os cubanos respondem por 45% do total das 18,2 mil vagas do programa Mais Médicos no Brasil. Duas mil vagas estão sem profissionais. Os caribenhos começaram a atuar em território brasileiro depois de acordo assinado com a Organização Pan-americana de Saúde (Opas), em 2013, e chegaram a quatro mil municípios. Hoje, as vagas do programa em 1,6 mil municípios brasileiros são preenchidas apenas por cubanos. O número já foi maior, já que desde 2016 o governo brasileiro vem reduzindo a participação deles no programa. Até então, cerca de 11,4 mil cubanos atuavam.