A entrevista foi concedida ao programa Acordando com as Notícias, transmitido ao vivo pela Web Rádio Petrolândia. Rodrigo Novaes foi eleito deputado estadual com mais de 27 mil votos nas eleições de 2010. Em 2014 foi reeleito com mais de 64 mil votos, tornando-se o mais votado do Sertão e o 9º em todo o Estado. Esse ano busca renovar o mandato pela 3ª vez.
Eleito para o segundo mandato de deputado estadual nas eleições de 2014, com 64.456 votos, o florestano Rodrigo Novaes foi entrevistado ao vivo pelo radialista e blogueiro Assis Ramalho, no 'Acordando com as Notícias', programa transmitido pela Web Rádio Petrolândia, nesse mês de janeiro.
Em longo bate-papo, com a participação de ouvintes em mensagens de whatsapp, o vice-presidente estadual do PSD, filho do
ex-deputado Vital Novaes, falou de seu ingresso na política e fez um balanço do seu mandato.
Ele ainda comentou as expectativas para as eleições de 2018 e sobre seu futuro na política, além de outros temas. O link para o áudio da entrevista está disponível no final desta matéria.
Começamos a entrevista perguntando em qual etapa de sua vida teria começado o interesse pela política
''Eu nasci no meio da política. No café da manhã, no almoço e na janta, lá em casa, só se ouvia política. Meu pai (Vital Novaes) era deputado (estadual, por seis mandatos). Quando eu tinha 15 anos de idade, quando meu pai não queria mais deputar eleição para deputado, ele sempre me passou as dificuldades que um parlamentar tinha em seu caminho. Meu pai sempre trabalhou, independentemente de mandato de parlamentar. Com 15 anos, fui estudar Direito na Universidade Católica (Unicap, no Recife). Depois, me formei em Direito e comecei a advogar, mas também fiz política estudantil. Depois, fui presidente fundador da ADAC –Associação em Defesa da Advocacia e da Cidadania, entidade que surgiu para defender as prerrogativas dos advogados. E, a partir dali, eu acho que eu comecei a ver uma coisa mais concreta de se fazer política, mas, até então, restrita à classe dos advogados de Pernambuco. Mas, depois, em 2002, quando eu tinha 22 anos, a gente ia escolher algum deputado para votar, e votamos em um deputado estadual de fora (preferiu não citar nome), que foi uma grande decepção. Foi uma grande decepção para a região, para Floresta e para o nosso grupo político. E quando foi em 2005, eu me lembro que, em um belo dia, o meu pai chegou em casa, eu estava assistindo televisão, e disse "Rodrigo, a gente não tem mais como votar em outros candidatos não, porque a gente não confia mais em ninguém. Mas, a gente precisa participar da eleição (2006)''. E ali a gente entendeu que podia ser colocado o meu nome na disputa. Na época, eu tinha 25 para 26 anos de idade, e em 2006 eu disputei a minha primeira eleição. Com muitas dificuldades, sem dinheiro, todos desconfiados de mim, muitos achando que eu não tinha nenhuma condição de vencer a eleição, e acabou que naquele ano a gente não conseguiu ganhar, mas saímos com um sentimento muito bom. Tive 11.758 votos. Isso me estimulou para seguir adiante. Em 2007, eu voltei a advogar, fui gestor jurídico da Secretaria de Administração, convidado pelo governador Eduardo Campos, e o secretário da época era o atual governador Paulo Câmara. E a gente fez um trabalho para que pudesse se fortalecer politicamente aqui na região, a partir de 2006. Quando foi em 2008, disputei a eleição de vice-prefeito em Floresta, já fazia 32 anos que o nosso grupo político não conquistava uma vitória na prefeitura. E eu tive o prazer de ser eleito vice-prefeito da ex-prefeita Rorró. Então, eu comecei a me preparar para poder disputar novamente uma cadeira de deputado estadual, porque imaginava que a gente podia e necessitava qualificar essa região do Sertão de Itaparica. Foi quando começamos a correr ''trechos", mostrando, levando a nossa mensagem, falando de nossa forma de enxergar política, de servir, de estar junto com as pessoas, de poder ser verdadeiro, ser transparente, e, graças a Deus, as pessoas compreenderam. E acabou que, em 2010, a gente se elegeu pela primeira vez deputado estadual, com uma votação expressiva de mais de 27 mil votos. E aí, com um mandato parlamentar, acabava aquela fase de dizer, de mexer com a esperança das pessoas. A gente tinha então que começar a trabalhar, mostrar trabalho, mostrar nossas ações, concretizar aquilo que a gente dizia que iria fazer quando não tinha o mandato. Iniciamos um trabalho muito forte, entre 2010 e 2014, tratando de problemas muitos sérios, levantando bandeiras justas, defendendo o povo pernambucano, o povo sertanejo, levando ações. Na época, o governador era Eduardo Campos. E, quando foi em 2014, o povo de Pernambuco me fez o deputado estadual mais votado do Sertão. Em 2010, tive mais de 27 mil votos e em 2014 eu consegui mais de 64 mil votos. Fui o mais votado do Sertão e o 9º mais votado em todo o Estado. Isso para um homem sertanejo, simples, humilde. Como você sabe, Assis, não sou de classe média. Quem conhece o meu pai sabe que a sua riqueza é a de poder servir, a educação, a verdade, a forma de ser, e foi isso que eu aprendi com ele ao longo da minha vida.
Análise do segundo mandato e expectativa de concorrer à reeleição em 2018