Av. Manoel Borba, centro da cidade. Setas verdes indicam veículos com faróis apagados. (Fotos: Lúcia Xavier)
Dois trechos da Av. Auspício Valgueiro Barros
Na sexta-feira passada (08), entrou em vigor a obrigatoriedade de conduzir veículos com faróis acesos durante o dia no tráfego das rodovias estaduais e federais. Petrolândia - para quem não lembra ou desconhece - é servida pela BR 316, que atravessa a cidade paralelamente à Avenida Djalma Wanderley e divide o Bairro Nova Esperança, e pela BR 110, que liga as agrovilas do Projeto Barreiras e da Reta de Ibimirim à BR 316 e daí à zona urbana do município. Temos ainda a PE 375, rodovia que liga Petrolândia a Tacaratu a partir da BR 110, no trevo da Agrovila 01 do Bloco 01.
Em todas as citadas vias, mesmo para atravessar a pista de um lado a outro dentro da cidade ou na área rural, é obrigatório ligar o farol baixo. Essa é mais uma lei para desafiar velhos hábitos e renovadas infrações. O trânsito em Petrolândia, apesar de constantes intervenções para torná-lo mais civilizado, sempre se reinventa para inspirar cuidados das autoridades competentes.
Não bastassem 99,9% das bicicletas que transitam à noite serem desprovidas dos equipamentos de segurança noturnos (dispositivos refletivos na dianteira, traseira, lateral e nos pedais), outros veículos adereriram à condução às cegas. A mais nova moda no trânsito local é o tráfego de ciclomotores e motocicletas - e até alguns automóveis -, com faróis apagados à noite.
O uso de faróis apagados está tão banalizado que durante qualquer passeio noturno pelas avenidas da cidade, vê-se com regularidade a passagem de veículos nessas condições, a maioria "cinquentinhas", sinalizadas unicamente pela peculiar sonoridade do escapamento. Além de favorecer a ocorrência de acidentes, ao que tudo indica, a prática da direção perigosa às escuras tem também como objetivo facilitar a evasão de abordagens da Polícia Militar, ao avistamento de um giroflex à frente. Não custa lembrar que motocicletas e ciclomotores devem manter os faróis acesos em todos os horários e em qualquer lugar por onde circulem.
Tanto de dia quanto à noite, as ruas, avenidas e estradas de Petrolândia são cada vez mais consideradas "terra de ninguém" - onde tudo é permitido, principalmente o proibido -, lugares perigosos para quem enxerga mal à distância ou sob baixa luminosidade, tem mobilidade ou reflexos reduzidos ou é portador de deficiência auditiva.
Redação do Blog de Assis Ramalho