Microcefalia era uma palavra desconhecida da maioria das gestantes e das mulheres interessadas em engravidar há poucos meses. O aumento no número de casos, ainda sem causa definida, levou a uma explosão desenfreada de buscas por informação sobre a rara condição neurológica, em ambulatórios públicos e consultórios particulares.
Os especialistas recomendam cautela, mas Pernambuco, com 141 casos notificados e 89 confirmados, lidera o ranking de buscas na internet sobre a anomalia congênita. Hoje, o Ministério da Saúde e a Secretaria Estadual de Saúde (SES) irão atualizar o boletim de casos no estado e definir detalhes do protocolo para gestantes.
A servidora pública Maria Beatriz Ribeiro, 32 anos, foi uma das mulheres que não hesitou em procurar a obstetra ao passo das notícias sobre o crescimento dos casos. Uma possível associação com zika vírus era um das maiores receios dela, aos quase nove meses de gestação. “Moro em um município do Sertão, onde há muitos focos do mosquito Aedes Aegypti. Nunca tive nenhum sintoma, mesmo assim fiquei bastante preocupada”, conta ela, tranquilizada pela médica.