sexta-feira, dezembro 30, 2011
Nota de Agradecimento de Assis Ramalho aos seus ouvintes, leitores e patrocinadores. Feliz 2012!
Agradeço aos ouvintes do Programa 'Acordando com as Notícias', aos leitores deste Blog e aos patrocinadores pela parceria ao longo de 2011. Desejo sucesso a todos em 2012. Meus sinceros agradecimentos!
Assis Ramalho
Petrolândia: Lourival Simões concederá entrevista no último dia do ano no programa 'Acordando com as Notícias'
Lourival Simões entrevistado por Assis Ramalho (Foto: Lúcia Xavier)
O prefeito de Petrolândia, Lourival Simões, será o entrevistado de amanhã, sábado (31), do Programa ''Acordando com as Notícias", que vai ao ar a partir das 5h00 pela Rádio 102,7 FM, com apresentação e comentários de Assis Ramalho.
quinta-feira, dezembro 29, 2011
2011, o pior ano da morte de Lampião
O Blog de Assis Ramalho elege 2011 o pior de Virgulino Ferreira, o Lampião
Se fosse vivo, eu poderia dizer que teria sido o pior ano de sua vida, mas como ele não está mais neste universo, vou afirmar que foi o pior ano da sua morte. Estou me referindo a Virgulino (Lampião), o eterno rei do cangaço. Com certeza, se ele ainda estivesse vivo, ninguém teria a ousadia de roubar seus pertences, chamá-lo de gay e ainda afirmar que sua mulher, Maria Bonita, era uma prostituta. Tudo isso aconteceu neste ano de 2011, que está terminando.
Primeiro foi um escritor, juiz aposentado Pedro de Moraes, que lançou um livro em que afirma que Lampião era ''boiola'' e sua mulher uma ''vadia'. Depois, roubaram os seus óculos e os bacamartes do Museu do Cangaço em Serra Talhada. Inclusive, o Blog de Assis Ramalho esteve lá e entrevistou o diretor daquele centro histórico, Anildomá Souza, o qual afirmou que episódios como aquele não mais iriam se repetir. Garantiu que estavam preparados para enfrentar novas tentativas de furtos, se por acaso isso voltasse a acontecer.
Pois bem, por incrível que pareça, menos de trinta dias após daqueles acontecimentos, os bandidos voltaram a atacar aquele Patrimônio Histórico. Desta vez levaram, entre outros objetos, a sanfona de Lampião. Então, resumindo tudo, foi um ano para se esquecer. Escreveram um livro afirmando que Lampião era gay e sua mulher prostituta, roubaram os óculos que ele usava, os bacamartes com que ele atirava e a sanfona que animava suas noites de forró.
Sem dúvida, 2011 foi o pior ano da morte de Virgulino Lampião, o cangaceiro mais famoso do nosso sertão. É como diz o velho ditado: 'boi brabo, depois de morto, todo mundo pega no chifre dele'.
Redação do Blog de Assis Ramalho
Redação do Blog de Assis Ramalho
quarta-feira, dezembro 28, 2011
Tacaratu vai receber R$ 47 milhões em obras do Governo Federal
Foto: Keninho Costa/Fotos de Tacaratu
Os recursos serão repassados por meio de convênio para o conjunto de obras de implantação da rede de esgoto da cidade de Tacaratu. Esse é o maior volume de investimento já captado de uma só vez, inclusive em comparação aos demais municípios de Pernambuco.
A iniciativa, segundo o prefeito José Adauto, irá beneficiar quase 100% dos mais de 22 mil habitantes do município, cujo resultado será melhoria da qualidade de vida da comunidade.
Com informações do Tacaratu.com
Petrolândia: Ressaca do Reveillon é no Bar do Nego, na roça de Samyr, dia 1º, com grupo Seduzyr
Bar do Nego na Roça de Samyr (Fotos: Lúcia Xavier)
Entrada da Roça de Samyr
No próximo domingo (1º), o grupo de pagode de mesa Seduzyr vai animar a "Ressaca do Réveillon no Bar do Nego, situado na Roça de Samyr, na estrada que dá acesso ao Mirante da Serrota, em Petrolândia.
Aproveite seu domingo com a bela vista do rio São Francisco, com muita música, cerveja gelada e outras bebidas, e os deliciosos almoços e tira-gostos.
Aproveite seu domingo com a bela vista do rio São Francisco, com muita música, cerveja gelada e outras bebidas, e os deliciosos almoços e tira-gostos.
terça-feira, dezembro 27, 2011
Serra Talhada: Museu do Cangaço sofre novo furto na noite de Natal
Enquanto a maioria da população serratalhadense participava de confraternizações familiares na noite de Natal, bandidos arrombavam o teto do Museu do Cangaço, na Estação do Forró, bairro São Cristóvão, em Serra Talhada, para roubar cerca de R$ 15 mil em relíquias culturais, aparelhos de som e instrumentos musicais.
“Além de alguns objetos do acervo do museu, eles levaram uma sanfona e nosso equipamento de som. Essa é a terceira vez que somos roubados, nessas condições é quase impossível trabalhar pela preservação da cultura e da história de Serra Talhada”, reclamou Anildomá Williams, diretor-presidente do museu.
“Domá” avisou ainda que já prestou queixa na delegacia da cidade e que acredita na polícia para que recupere os utensílios furtados. A Guarda Municipal seria a responsável pelo monitoramento de segurança da Estação do Forró. Há duas semanas a Casa da Cultura, no Centro da cidade, também foi roubada. Os bandidos levaram o óculos do cangaceiro Lampião e o fato repercutiu nacionalmente.
Blog Farol de Notícias
segunda-feira, dezembro 26, 2011
Petrolândia/Teresina: Tadeu Flamengo, o 'professor' da minha geração
Tadeu Flamengo (Fotos: Lúcia Xavier)
Catita, Assis Ramalho, Edson Madeira e Tadeu Flamengo
Assis Ramalho e Tadeu Flamengo
Como já foi postado neste blog, na ultima sexta-feira (23), aconteceu uma festa memorável na Casa de Shows Velho Chico, em Petrolândia, onde se reuniram moradores da velha Petrolândia, hoje residentes em outras cidades, bem com aqueles que ainda residem aqui. Foi um encontro em que todos puderam relembrar, com saudades, histórias da inesquecível velha Petrolândia, além de permitir reencontros de amigos que há mais de vinte anos não se viam. Assim sendo, foi com muita satisfação que reencontrei um dos meus grandes amigos daqueles velhos e bons tempos, Tadeu Flamengo. Com esse nome, nem é preciso dizer que ele torce pelo time carioca.
Todas as comunidades precisavam ter um Tadeu Flamengo para ensinar o que é certo e o que é errado, encaminhando e incentivando a juventude para o mundo do esporte. Foi justamente isso que ele fez por mim e por toda a minha geração em Petrolândia. Rigoroso, disciplinador, amigo, companheiro e carismático. Ele realmente foi e sempre será nosso ídolo. Já há muitos anos ele reside em Teresina, no Piauí, onde é funcionário da CHESF.
Voltando à festa de confraternização, em que aproveitamos para matar a saudade, aproveitei para entrevistá-lo para o meu programa de rádio, "Acordando com as Notícias", e para este blog. Acompanhe abaixo a entrevista
Assis Ramalho- Meu velho amigo Tadeu, qual a sensação de estar aqui, vivendo e revivendo tudo isso neste encontro?
Tadeu Flamengo- Rapaz, é o seguinte: Assis, a sensação é inexplicável. Quando eu recebi o convite, comecei a relembrar a velha Petrolândia e a emoção foi grande, porque aqui novamente eu reencontrei muitos amigos, e eu tive que chorar. Você chora porque ninguém é de ferro, nós somos seres humanos. A emoção bate, a gente relembra muitas coisas, dos grandes amigos, e também você recebe muito calor humano. E, na verdade, a recepção dos companheiros aqui faz com que todas as vezes que eu venha aqui a emoção dobre, porque a recepção é demais, e valeu a pena eu ter vindo.
Voltando à festa de confraternização, em que aproveitamos para matar a saudade, aproveitei para entrevistá-lo para o meu programa de rádio, "Acordando com as Notícias", e para este blog. Acompanhe abaixo a entrevista
Assis Ramalho- Meu velho amigo Tadeu, qual a sensação de estar aqui, vivendo e revivendo tudo isso neste encontro?
Tadeu Flamengo- Rapaz, é o seguinte: Assis, a sensação é inexplicável. Quando eu recebi o convite, comecei a relembrar a velha Petrolândia e a emoção foi grande, porque aqui novamente eu reencontrei muitos amigos, e eu tive que chorar. Você chora porque ninguém é de ferro, nós somos seres humanos. A emoção bate, a gente relembra muitas coisas, dos grandes amigos, e também você recebe muito calor humano. E, na verdade, a recepção dos companheiros aqui faz com que todas as vezes que eu venha aqui a emoção dobre, porque a recepção é demais, e valeu a pena eu ter vindo.
Assis Ramalho- Tadeu, aproveite e responda 'na bucha': neste exato momento, o que você mais recorda da velha Cidade?
Tadeu Flamengo- Eu recordo do cais. O cais tem muitas lembranças. O cais, o rio São Francisco, ali onde a gente tomava muitos banhos. A gente comprava pão e cajuína na padaria de João Rodrigues, e ia para o cais tomar banho, e era uma folia grande. Nós que vivemos em Petrolândia, nós tivemos infância. Éramos livres, leves, soltos, e foi uma infância que a gente viveu, que infelizmente crianças de hoje não tem a infância que nós tivemos.
Assis Ramalho- O mundo hoje precisa de outros Tadeu Flamengo. Eu convivi, junto com minha geração, com você. E você, apesar de não ter sido um professor profissional, resgatou uma geração de adolescentes, e ensinou o caminho do bem através do esporte, sempre acompanhando a vida da gente, chamando atenção para o que era certo e o que era errado. Então hoje eu estou lhe entrevistando, e ao mesmo tempo lhe fazendo uma homenagem por tudo que você representou para a nossa geração. Obrigado, Tadeu, por tudo!
Tadeu Flamengo- Eu é que agradeço. Eu agradeço esse reconhecimento porque já naquela época eu exigia disciplina nas coisas que vocês faziam. Exigia que vocês estudassem, e isso era a coisa que eu mais fazia, e o problema, hoje, é que está havendo uma inversão de valores. Hoje as pessoas estão tentando embutir na cabeça de outras que o bem é o ruim e o ruim é bom, e a gente tem que ter muito cuidado. É por isso que eu aplaudo muitos companheiros aí, que vivem no esporte, que vivem levando essa meninada para o esporte, e lá eles vivem um pouco de tudo isso. Então eu acho que é um trabalho salutar, é um trabalho bom para todos. Eu só tenho a agradecer a você, à toda a turma que sempre quando eu chego aqui me recebe muito bem. É como se tivesse em uma família, como eu considero uma família mesmo, e eu é que agradeço, muito obrigado a todos vocês.
Assis Ramalho- Tadeu, você daqui a pouco vai voltar para o Piauí, mas já está convidado desde já para a próxima festa, no ano que vem.
Tadeu Flamengo- E estarei de volta. Estarei de volta sem medo de errar e quero vir com mais tempo, para conhecer melhor a nova Petrolândia.
Assis Ramalho- A velha (Petrolândia) ainda hoje você tem na mente?
Tadeu Flamengo- A Petrolândia velha eu tenho detalhada toda na minha cabeça, não sai nunca da minha mente.
Assis Ramalho- Valeu, Tadeu! Muito obrigado por tudo!
Tadeu Flamengo- Eu recordo do cais. O cais tem muitas lembranças. O cais, o rio São Francisco, ali onde a gente tomava muitos banhos. A gente comprava pão e cajuína na padaria de João Rodrigues, e ia para o cais tomar banho, e era uma folia grande. Nós que vivemos em Petrolândia, nós tivemos infância. Éramos livres, leves, soltos, e foi uma infância que a gente viveu, que infelizmente crianças de hoje não tem a infância que nós tivemos.
Assis Ramalho- O mundo hoje precisa de outros Tadeu Flamengo. Eu convivi, junto com minha geração, com você. E você, apesar de não ter sido um professor profissional, resgatou uma geração de adolescentes, e ensinou o caminho do bem através do esporte, sempre acompanhando a vida da gente, chamando atenção para o que era certo e o que era errado. Então hoje eu estou lhe entrevistando, e ao mesmo tempo lhe fazendo uma homenagem por tudo que você representou para a nossa geração. Obrigado, Tadeu, por tudo!
Tadeu Flamengo- Eu é que agradeço. Eu agradeço esse reconhecimento porque já naquela época eu exigia disciplina nas coisas que vocês faziam. Exigia que vocês estudassem, e isso era a coisa que eu mais fazia, e o problema, hoje, é que está havendo uma inversão de valores. Hoje as pessoas estão tentando embutir na cabeça de outras que o bem é o ruim e o ruim é bom, e a gente tem que ter muito cuidado. É por isso que eu aplaudo muitos companheiros aí, que vivem no esporte, que vivem levando essa meninada para o esporte, e lá eles vivem um pouco de tudo isso. Então eu acho que é um trabalho salutar, é um trabalho bom para todos. Eu só tenho a agradecer a você, à toda a turma que sempre quando eu chego aqui me recebe muito bem. É como se tivesse em uma família, como eu considero uma família mesmo, e eu é que agradeço, muito obrigado a todos vocês.
Assis Ramalho- Tadeu, você daqui a pouco vai voltar para o Piauí, mas já está convidado desde já para a próxima festa, no ano que vem.
Tadeu Flamengo- E estarei de volta. Estarei de volta sem medo de errar e quero vir com mais tempo, para conhecer melhor a nova Petrolândia.
Assis Ramalho- A velha (Petrolândia) ainda hoje você tem na mente?
Tadeu Flamengo- A Petrolândia velha eu tenho detalhada toda na minha cabeça, não sai nunca da minha mente.
Assis Ramalho- Valeu, Tadeu! Muito obrigado por tudo!
Redação do Blog de Assis Ramalho
Fotos: Lúcia Xavier
Petrolândia: Prefeitura colocará contêineres para coleta de lixo na Agrovila 02 do Bloco 01
Agrovila 02 do Bloco 01 no dia da inauguração da pavimentação (Foto: Lúcia Xavier)
Durante a inauguração do calçamento da Agrovila 02 do Bloco 01, no Projeto Barreiras, obra entregue na última sexta-feira (23), o prefeito de Petrolândia, Lourival Simões, aproveitou para anunciar que, em breve, a Prefeitura irá colocar contêineres em pontos estratégicos da agrovila para os moradores depositarem o lixo e manterem limpas as ruas.
O Blog de Assis Ramalho parabeniza a iniciativa e torce para que todos colaborem, fazendo com que a cada dia a Agrovila 02 do Bloco 01 fique mais bonita e urbanizada. Para que isso aconteça é simples: basta o povo querer.
Redação do Blog de Assis Ramalho
domingo, dezembro 25, 2011
Prefeitura Municipal de Petrolândia inaugura pavimentação da Agrovila 02 do Bloco 01
Assis Ramalho entrevista o Prefeito Lourival Simões (Fotos: Lúcia Xavier)
Acesso à Agrovila 02 do Bloco 01, totalmente pavimentado
Banda em frente à Escola Mucipal Aroeira
Igreja de São Pedro, padroeiro da Agrovila 02 do Bloco 01
A Prefeitura Municipal de Petrolândia inaugurou, na última sexta-feira (23), a pavimentação da Agrovila 02 do Bloco 01, no Projeto Barreiras. O contrato de R$ 307.302,69, assinado em 29/08/11, previa a realização de 7.195,89 metros quadrados de pavimentação em paralelepípedos, 2.216,37 metros de meio-fio e outros serviços. O prazo para conclusão da obra foi estimado em 150 dias, mas foi entregue em menos de 90 dias pela Construtora Rueta, de Cícero Macacão, empresa sediada em Petrolândia e bem conceituada tanto pela eficiência e rapidez com que conduz os compromissos assumidos, quanto pela qualidade dos serviços executados.
O evento foi prestigiado pela comunidade e por visitantes. A Banda Municipal animou o evento. Discursaram o ex-vereador Osvaldo Xavier, morador daquela comunidade, os vereadores Juarez Patriota, Raimundo Paulo Lacerda (Noca) e José Luiz dos Santos (Zé Pezão), morador e representante da agrovila, bastante emocionado com a realização da obra. A professora Lidiane Xavier falou em nome da comunidade para agradecer a realização do serviço e solicitar aos moradores que zelem pela manutenção do patrimônio público.O prefeito Lourival Simões inaugurou oficialmente a pavimentação, afirmando que a obra foi o presente de Natal àquela comunidade, com o objetivo de contribuir para a melhoria da qualidade de vida de seus moradores.
Em seguida, houve forró pé-de-serra e Zé Pezão recepcionou convidados e membros da comunidade em sua residência.
Entrevistas a Assis Ramalho
Lidiane Xavier disse que a pavimentação não é sinônimo apenas de progresso, mas também de saúde pública, e espera que o povo valorize a obra, preservando-a.
Zé Pezão ressaltou que a beleza da Agrovila 02 salta aos olhos e é surpreendente a quantidade de pessoas que manifestam o desejo de morar naquela comunidade.
O vereador Noca afirmou que a pavimentação traz muitos benefícios para a comunidade, principalmente no quesito saúde pública.
Lourival ressaltou que desde a entrega das Agrovilas pela CHESF havia a promessa de calçamento e que agora esse sonho antigo está virando realidade. Ressaltou que a pavimentação ajuda a melhorar a saúde da comunidade e que contribui com a limpeza. Informou que a Prefeitura Municipal está fazendo a coleta de lixo nas agrovilas, com a instalação de contêineres na zona rural e, na zona urbana, também houve aumento no número de coletores nos bairros.
Juarez Patriota, vereador, enfatizou que o ano de 2011 foi de muito trabalho e parabenizou a comunidade pelo recebimento da obra.
Lourival ressaltou que desde a entrega das Agrovilas pela CHESF havia a promessa de calçamento e que agora esse sonho antigo está virando realidade. Ressaltou que a pavimentação ajuda a melhorar a saúde da comunidade e que contribui com a limpeza. Informou que a Prefeitura Municipal está fazendo a coleta de lixo nas agrovilas, com a instalação de contêineres na zona rural e, na zona urbana, também houve aumento no número de coletores nos bairros.
Juarez Patriota, vereador, enfatizou que o ano de 2011 foi de muito trabalho e parabenizou a comunidade pelo recebimento da obra.
O Blog de Assis Ramalho prestigiou o evento e realizou várias entrevistas, divulgadas no "Programa Acordando com as Notícias" do dia 24/12.
Lidiane Xavier, professora, entrevistada por Assis Ramalho durante a inauguração
Célio da Hiran (no centro), pré-candidato a prefeito de Inajá, prestigiou o evento entre os amigos Napoleão e o empresário Geraldo Melinha.
Paulo Lucena, Secretário de Infra-Estrutura, feliz com as realizações da Prefeitura, saboreando um bode assado em momento de confraternização, é avesso a entrevistas: "Não falo nada, só trabalho."
Redação do Blog de Assis Ramalho
Fotos: Lúcia Xavier
sábado, dezembro 24, 2011
Petrolândia: Recordações e grandes emoções marcam 1º Encontro dos Anos 80
França, Tadeu Flamengo, Assis Ramalho, Potó. Agachados: Vicente e Edson Madeira (Fotos: Lúcia Xavier)
Catita, Assis Ramalho e Tadeu Flamengo
Loucha, Vicente, Tadeu Flamengo e Edson Madeira
Momento de emoção: Edísio Bezerra e demais membros da Comissão Organizadora agradecem o sucesso do evento
Como já era de se esperar, não faltaram abraços, lágrimas e, principalmente, recordações da Velha Petrolândia. Enquanto todos curtiam a festa ao som da ótima banda Tuareg's, de João Pessoa (PB), um telão exibia fotos da antiga cidade e de muitos dos que ali estavam, na época da mocidade.
O amigo Tadeu Flamengo era só felicidade. ''Estou muito orgulhoso de estar aqui nesta festa maravilhosa, revendo e abraçando os meus amigos da época da nossa querida velha Petrolândia. Venho quantas vezes for convidado'', disse ele, que hoje reside na cidade de Teresina, no Piauí. Folclórico, só pra variar, ele estava vestido com as cores do seu amado Flamengo.
Outro que não escondia sua felicidade era o amigo Carlos (Caçote), que hoje reside em Recife, e marcou presença com sua esposa, Aurenita. ''Encontros como esse fazem a gente voltar ao passado e rejuvenescer alguns anos”, brincou o ex-craque de futebol da antiga Petrolândia, que em alguns momentos, não conseguiu segurar as lágrimas.
No intervalo da festa, o amigo Vicente (do Banco do Brasil) fez um discurso emocionado e aproveitou o momento para convidar todos os participantes da festa para cantar “parabéns'' para o aniversariante da noite, Antônio de Eusébio, um dos maiores craques de futebol de todos os tempos da região.
Outra presença marcante no evento foi a do amigo Luiz (da cachoeira), que veio junto com o irmão Bié, diretamente de Itabaiana, em Sergipe, para encontrar e abraçar seus amigos de infância. ''Confesso que estou emocionado”, disse o ex-goleiro.
Ao final da festa, aconteceu o momento mais difícil, a hora dos abraços de despedida. Todos fizeram uma jura de que o encontro vai ser repetido no próximo ano.
O Blog de Assis Ramalho felicita os organizadores, principalmente Edízio Bezerra, que veio de muito longe (sul da Bahia), para organizar e participar do maravilhoso evento. No próximo ano, se Deus quiser, tudo vai se repetir.
Assis Ramalho e o pé-de-valsa Labi, funcionário mais antigo do Grupo Sanfrancisco
Assis Ramalho, ex-prefeito Dr. Marcos e sua esposa, Jane
Paula e França comemorando 34 anos de matrimônio. Parabéns à linda união, que seja eterna!
Redação do Blog de Assis Ramalho
Fotos: Lúcia Xavier
Assis Ramalho e o pé-de-valsa Labi, funcionário mais antigo do Grupo Sanfrancisco
Assis Ramalho, ex-prefeito Dr. Marcos e sua esposa, Jane
Paula e França comemorando 34 anos de matrimônio. Parabéns à linda união, que seja eterna!
Jota Santos e esposa, Salete Xavier
Carlos Caçote e esposa, Aurenita
Sílvia Barboza e Edson Madeira
Fotos: Lúcia Xavier
quinta-feira, dezembro 22, 2011
Petrolândia: 1º Encontro Geração Anos 80 acontecerá nesta sexta (23) com a banda Tuareg's
Tuaregs vai animar a festa no Velho Chico
Será realizada nesta sexta-feira (23), na Casa de Shows Velho Chico, em Petrolândia, o Primeiro Encontro da Geração Anos 80, com animação da banda Tuareg's. O evento terá início às 23h00.
O objetivo do encontro é reunir o máximo de pessoas que moravam na velha Petrolândia e hoje residem na nova cidade e em outros municípios, para uma confraternização, com doses generosas de saudosismo.
A organização do evento é de Edízio Bezerra, Sandra Belém, Sílvia Barboza e Vicente do Banco do Brasil.
A entrada individual custa 17 reais e a mesa 70 reais. Participe desse grande Encontro!
LOCAL- VELHO CHICO
HORA-23;00
DATA-23 DE DEZEMBRO
BANDA- TUAREG'S DE JOÃO PESSOA-PB
ENTRADA INDIVIDUAL- R$ 17,00
MESA- R$ 70,00
Redação do Blog de Assis Ramalho
quarta-feira, dezembro 21, 2011
Prefeituras de Pernambuco conquistam R$ 58 milhões no Orçamento Geral da União; Petrolândia está lista
Petrolândia vai receber R$ 600 mil em verba que deverá ser destinada exclusivamente para a saúde (Reprodução Internet)
A maior parte dos municípios pernambucanos com até 50 mil habitantes fez o “dever de casa” e será contemplada com “recursos extras” do governo federal. Das 149 cidades que estavam dentro do critério exigido pelo governo para indicar emendas ao Orçamento Geral da União (OGU) do próximo ano, 109 cumpriram as normas e serão beneficiadas. O valor destinado a cada município varia de R$ 300 mil a R$ 600 mil, de acordo com o número de habitantes (veja relação abaixo).
A verba deverá ser destinada exclusivamente para a saúde e será liberada em 2012. A maioria das emendas foi direcionada à atenção básica à saúde, serviço de atenção de urgência e emergência na rede hospitalar, além de implantação e melhorias de sistemas públicos de manejo de resíduos sólidos em municípios com até 500 mil habitantes.
Batizada de “emendas populares”, essa é a primeira vez que a população teve direito de discutir e decidir, por meio de audiências públicas, onde o dinheiro deverá ser aplicado na saúde. Se todas as prefeituras tivessem enviados suas emendas, o montante sugerido por Pernambuco seria de R$ 79,6 milhões. Mas como alguns municípios não mandaram, o estado deixará de receber R$ 21,6 milhões desse total. O montante de emendas apresentadas soma R$ 58 milhões.
Relação dos municípios pernambucanos que conseguiram emplacar emendas no Orçamento Geral da União de 2012
Afrânio - R$ 500 mil
Agrestina - R$ 600 mil
Àgua Preta - R$ 600 mil
Águas Belas - R$ 600 mil
Alagoinha - R$ 500 mil
Aliança - R$ 600 mil
Altinho - R$ 600 mil
Angelim - R$ 500 mil
Barra de Guabiraba - R$ 500 mil
Belém de Maria - R$ 500 mil
Belém de São Francisco - R$ 600 mil
Betânia - R$ 500 mil
Bodocó - R$ 600 mil
Bom Conselho - R$ 600 mil
Bom Jardim - R$ 600 mil
Bonito - R$ 600 mil
Brejinho - R$ 400 mil
Brejo da Madre de Deus - R$ 600 mil
Cabrobó - R$ 600 mil
Cachoeirinha - R$ 500 mil
Calçado - R$ 500 mil
Calumbi - R$ 600 mil
Camocim de São Félix - R$ 500 mil
Camutanga - R$ 400 mil
Canhotinho - R$ 600 mil
Casinhas - R$ 500 mil
Catende - R$ 600 mil
Cedro - R$ 500 mil
Chã de Alegria - R$ 500 mil
Correntes - R$ 500 mil
Cortês - R$ 500 mil
Cumaru - R$ 500 mil
Cupira - R$ 600 mil
Custódia - R$ 600 mil
Dormentes - R$ 600 mil
Exu - R$ 600 mil
Feira Nova - R$ 600 mil
Fernando de Noronha - R$ 300 mil
Ferreiros - R$ 500 mil
Flores - R$ 600 mil
Floresta - R$ 600 mil
Glória de Goitá - R$ 600 mil
Granito - R$ 400 mil
Ibimirim - R$ 600 mil
Ibirajuba - R$ 400 mil
Ingazeira - R$ 300 mil
Ipubi - R$ 600 mil
Itacuruba - R$ 300 mil
Itaíba - R$ 600 mil
Itapetim - R$ 500 mil
Itapissuma - R$ 600 mil
Itaquitinga - R$ 500 mil
Jaqueira - R$ 500 mil
Jatobá - R$ 500 mil
João Alfredo - R$ 600 mil
Joaquim Nabuco - R$ 500 mil
Jucati - R$ 500 mil
Jupi - R$ 500 mil
Lagoa do Carro - R$ 500 mil
Lagoa de Itaenga - R$ 600 mil
Lagoa do Ouro - R$ 500 mil
Lagoa dos Gatos - R$ 500 mil
Lagoa Grande - R$ 600 mil
Lajedo - R$ 600 mil
Machados - R$ 500 mil
Maraial - R$ 500 mil
Moreilândia - R$ 500 mil
Orobó - R$ 600 mil
Orocó - R$ 500 mil
Palmeirina - R$ 400 mil
Paranatama - R$ 500 mil
Parnamirim - R$ 600 mil
Passira - R$ 600 mil
Petrolândia - R$ 600 mil
Poção - R$ 500 mil
Primavera - R$ 500 mil
Quixaba - R$ 400 mil
Riacho das Almas - R$ 500 mil
Ribeirão - R$ 600 mil
Sairé - R$ 500 mil
Salgadinho - R$ 400 mil
Saloá - R$ R$ 500 mil
Santa Cruz - R$ 500 mil
Santa Filomena - R$ 500 mil
Santa Maria da Boa Vista - R$ 600 mil
Santa Maria do Cambucá - R$ 500 mil
Santa Terezinha - R$ 500 mil
São Benedito do Sul - R$ 500 mil
São João - R$ 600 mil
São Joaquim do Monte - R$ 600 mil
São José da Coroa Grande - R$ 500 mil
São José do Belmonte - R$ 600 mil
São José do Egito - R$ 600 mil
Serrita - R$ 500 mil
Sertânia - R$ 600 mil
Solidão - R$ 400 mil
Tabira - R$ 600 mil
Tacaimbó - R$ 500 mil
Tamandaré - R$ 600 mil
Taquaritinga do Norte - R$ 600 mil
Terezinha - R$ 400 mil
Toritama - R$ 600 mil
Trindade - R$ 600 mil
Triunfo - R$ 500 mil
Verdejante - R$ 400 mil
Vertente do Lério - R$ 400 mil
Vertentes - R$ 500 mil
Vicência - R$ 600 mil
Xexéu - R$ 500 mil
terça-feira, dezembro 20, 2011
Petrolândia: Compesa esclarece boato de que vai faltar água na cidade durante 3 dias
Estivemos na manhã de hoje (20) no escritório da Compesa em Petrolândia. O objetivo foi esclarecer um boato de que a cidade ficaria sem água por três dias. Fomos atendidos pelo servidor Ivanildo.
O funcionário da Compesa esclareceu ao Blog de Assis Ramalho que a estória não tem fundamento de verdade. ''Eu não entendo como pessoas da cidade possam inventar tal notícia só para prejudicar os nossos trabalhos e deixar a população aflita. Gostaria de saber de onde saiu essa falsa notícia'' ,disse ele.
Ivanildo informou, ainda, que os problemas que causaram a falta de água na semana passada já foram solucionados.
Redação do Blog de Assis Ramalho
domingo, dezembro 18, 2011
Petrolândia Esporte Clube é bicampeão no Campeonato Municipal de Petrolândia
Detalhe interessante na partida é que todos os jogadores das duas equipes tiveram que cobrar pênaltis, após várias sequencias de empates nas cobranças. O goleiro Azulão da equipe do Petrolândia decidiu o título ao converter a última penalidade, depois de o atleta Cal, do time do Sport, desperdiçar sua cobrança.
Não foi um bom jogo tecnicamente, mas valeu pela disposição das duas equipes. Com a conquista, o Petrolândia sagrou-se bicampeão do Campeonato Municipal de Petrolândia, organizado pelo Departamento de Esportes da Prefeitura Municipal de Petrolândia.
O artilheiro da competição foi Júnior Barrocão, da equipe do Petrolândia, com 7 gols. Também foi do time do Petrolândia o melhor goleiro, Azulão, o herói do titulo.
O Blog de Assis Ramalho parabeniza as duas equipes que abrilhantaram a final do nosso Campeonato Municipal.
Redação do Blog de Assis Ramalho
Petrolândia: AVEPE realiza confraternização de sócios e familiares
A diretoria da AVEPE (Associação dos Veteranos Desportistas de Petrolândia) realizou nesse sábado (17) a festa de confraternização para os sócios e familiares. O evento contou com a animação do grupo musical Seduzyr, com participação especial de Zé Epifânio e Zelminha (ZZ Nostálgico).
Convidados marcaram presença, entre eles o prefeito de Petrolândia, Lourival Simões, acompanhado pela esposa Anna Tereza. O evento teve início às 23 horas e foi encerrado ao amanhecer.
O Blog de Assis Ramalho felicita a Diretoria da AVEPE por não medir esforços para realizar o evento.
DIRETORIA DA AVEPE - Gestão 2011-2012
Presidente- Valmir Teixeira
Vice Presidente- Louro da Vidraçaria
Tesoureiro - Heraldo da Feira
Diretor de Esporte- Junior da Yamaha
Diretor de Sede- Inaldo da barbearia
Secretário- Justo da Barreira
Diretor Social- Zé Epifânio
O Blog de Assis Ramalho felicita a Diretoria da AVEPE por não medir esforços para realizar o evento.
DIRETORIA DA AVEPE - Gestão 2011-2012
Presidente- Valmir Teixeira
Vice Presidente- Louro da Vidraçaria
Tesoureiro - Heraldo da Feira
Diretor de Esporte- Junior da Yamaha
Diretor de Sede- Inaldo da barbearia
Secretário- Justo da Barreira
Diretor Social- Zé Epifânio
Redação do Blog de Assis Ramalho
Fotos: Lúcia Xavier
Tacaratu: Polícia Militar promove campanha ''Natal sem fome''
A Polícia Militar de Tacaratu promove a 17ª Campanha "Natal sem Fome" e você pode colaborar para que neste Natal nenhuma família fique sem pão. Doando um quilo de alimento você oferece um pouco do que tem para quem tem muito pouco.
Pontos de Arrecadação:
Igreja da Santa Cruz em Caraibeiras
Santuário Nossa Senhora da Saúde em Tacaratu
Destacamento da Polícia (Caraibeiras e Tacaratu)
Programação das Arrecadações:
Distribuição dos Alimentos:
Dia 21 - Serra Grande, Ouricuri e cidade
Dia 22 - Traíras, Olho D'água do Julião e Tapera
Dia 23 - Agreste, Lagoa do Riacho e demais famílias em outras localidades
Ano passado foram distribuídas 244 cestas, estas famílias estão esperando por nós.
Apoio: Paróquia Nossa Senhora da Saúde; Prefeitura Municipal; Rádio Perfil FM; Escolas Municipais e Estaduais; Comerciantes; Juventude e Comunidade local.
O Blog de Assis Ramalho felicita a PMPE pela ação solidária em Tacaratu.
Fonte: Tacaratu.com
sábado, dezembro 17, 2011
Anildomá Souza, diretor do Museu do Cangaço de Serra Talhada, é entrevistado por Assis Ramalho
Anildomá Souza, historiador e escritor
Museu do Cangaço em Serra Talhada (PE)
Museu do Cangaço, em Serra Talhada
Na entrevista, o historiador revela que, além dos óculos, também roubaram do museu histórico, algumas armas (bacamartes). Ele também mostra sua revolta com o escritor Pedro de Moraes, magistrado aposentado que escreveu o polêmico livro ''Lampião, o Mata Sete'', em que se diz que Lampião era homossexual. Acompanhe abaixo a entrevista concedida com exclusividade ao Blog de Assis Ramalho:
Assis Ramalho: Anildomá, obrigado por ter recebido a gente no Museu do Cangaço.
Anildomá Souza: Assis, eu que agradeço. É muito bom falar com Petrolândia. Quero mandar um abraço pra todos os amigos e amigas da cidade de Petrolândia e de toda a região. Conheço várias pessoas, no campo da arte e da cultura, de todas as vezes que andei aqui nessa região, pesquisando a vida de Lampião, a vida do rei do Cangaço.
Assis Ramalho: Anildomá, você que é historiador também, qual a emoção de estar diariamente passando a história para os turistas em Serra Talhada, no Museu do Cangaço?
Anildomá Souza: é muito bom. Eu me sinto muito feliz porque eu trabalho exatamente no que eu gosto. Seria muito bom se as pessoas, de todas as profissões, estivessem fazendo o que gostam e que faz por amor, por paixão. Esse meu trabalho no Museu do Cangaço, na terra de Lampião, (que é) trabalhar contando histórias de Lampião e escutando as histórias, as aventuras do rei do Cangaço pelo Nordeste a fora. Eu acho que somente uma pessoa abençoada por Deus teria tanto privilégio e tanta alegria. Olha, eu me sinto honrado com isso, porque eu trabalho repassando para as pessoas os fatos acontecidos. Não somente os que verdadeiramente aconteceram, mas também o que o imaginário popular faz com que as pessoas pensem, imaginem, viajem sobre o folclore, sobre o que foi criado sobre Lampião.
Assis Ramalho: Anildomá, você tocou num ponto muito importante. Existe muito folclore, existem muitas historinhas. Tem histórias que são fantasias e tem histórias que são verdadeiras?
Anildomá Souza: A vida de Lampião é marcada por coisas do imaginário popular. Veja bem, baseado na mente fértil do homem sertanejo, que pega um fato que aconteceu e transforma numa coisa espetaculosa. Vou citar o exemplo da seguinte forma: as pessoas sabem que Lampião era um grande estrategista. Além da liderança que ele tinha, ele era um estrategista nato. A sua capacidade de dar enfrentamento à polícia, às volantes, faziam com que as pessoas dissessem que ele tinha o corpo fechado, que ele tinha orações de envultamento (para ficar invisível), as armas, as balas não lhe atingiam, as facas, os punhais não penetravam seu corpo.
Assis Ramalho: Dessas histórias, tem muitas?
Anildomá Souza: Exatamente. Isso tudo faz parte do imaginário popular. Então, você pega a história real, o que de fato aconteceu, e verifica o que se está inventando em cima desse fato. A história do Cangaço, a história do homem sertanejo todinha é assim.
Assis Ramalho: Lampião pra muitos foi heroi, pra outros foi bandido. Como o historiador Anildomá vê o Lampião?
Anildomá Souza: Eu costumo dizer nem heroi nem bandido, ele é história. Esse, inclusive, é o título de um dos meus livros, chamado “Lampião: nem heroi nem bandido. A história”. Nesse livro, eu pego todos os fatos, da infância até a morte de Lampião, de todas as passagens da vida dele, o que transformou ele num mito, e eu conto a história tal qual aconteceu que é para o próprio leitor tirar a sua conclusão, se Lampião é heroi ou bandido. Eu me preocupo com o fato histórico. Com o rótulo de heroi ou de bandido, isso compete a cada um. Agora, eu particularmente, pelo enfrentamento que Lampião deu aos coronéis, aos fazendeiros, à classe dominante de sua época, ele como sertanejo que quis fazer esse enfrentamento, fazer essa resistência, considero o heroi do sertão.
Assis Ramalho: A gente não pode deixar de tocar num assunto desagradável. Foi notícia esta semana o roubo dos óculos de Lampião em todo o Brasil, inclusive no Jornal Nacional da TV Globo, como isso aconteceu?
Anildomá Souza: Dois dias antes foi roubado do Museu do Cangaço algumas armas.
Assis Ramalho: Houve outro roubo, antes dos óculos?
Anildomá Souza: Isso. Armas do tempo do Cangaço. Em seguida, foi roubado os óculos de Lampião, da Casa da Cultura, e no mesmo dia também foi roubada a bengala do padre Cícero do Juazeiro, em uma cidade do interior de Alagoas. Então, eu acho que está havendo um ataque frontal ao patrimônio cultural, material e imaterial, da história do homem sertanejo. Não sei se isso é uma coisa orquestrada, não tenho a mínima ideia, mas que está havendo esse ataque. Nós estamos aqui prontos para resistirmos a eventuais ações de criminosos ou de bandidos que queiram novamente fazer alguma empreitada contra o Museu do Cangaço.
Assis Ramalho: Agora é torcer para que a polícia desvende esse mistério, não é mesmo?
Anildomá Souza: Exatamente. Afinal de contas, isso é um patrimônio que pertence à história do povo brasileiro, notadamente do povo nordestino.
Assis Ramalho: Vocês não trabalham aqui com segurança?
Anildomá Souza: Nós temos. Mas tinha que ter um deslize, tinha que ter um azar, tinha que ter uma ação de alguém mais astuta pra (acontecer) isso daí. É fatual que tanto a Casa da Cultura quanto o Museu do Cangaço, não temos câmeras de segurança.
Assis Ramalho: Vocês trabalham no limite?
Anildomá Souza: É. No limite das condições. Quem faz cultura neste país, sabe como é que se prima pelas coisas. Nós poderíamos ter uma condição bem maior, mas isso não é a realidade nesse trabalho. Mas nós estamos prontos, mudando inclusive o perfil de funcionamento desses espaços.
Assis Ramalho: Agora tocando num outro assunto, um pouco polêmico. Anildomá, recentemente um juiz de Sergipe escreveu um livro polêmico sobre Lampião, questionando se Lampião era homossexual. Como você vê a atitude desse juiz aposentado de Sergipe, ele escreveu esse livro foi pra aparecer? Qual a opinião do historiador?
Anildomá Souza: O livro chama-se “Lampião, o Mata Sete”. O autor é um juiz aposentado, chamado Pedro de Morais. Ele não tem nenhum fundamento histórico para emitir uma opinião dessa. Eu sou pesquisador, pesquiso a vida de Lampião da infância até a morte. E (sei que) primeiro: não teve nenhum tiroteio no ano de 1922, em que Lampião tenha sido ferido na região da genitália, com ele disse que Lampião levou um tiro no saco escrotal. Esse tiroteio não aconteceu. Segundo: Expedita, que ele diz que não é filha de Lampião. O DNA de Expedita é exatamente o DNA do irmão de Lampião, de João Ferreira, que na época, algum tempo atrás, ela precisou fazer um (teste de) DNA pra questões documentais etc. Coisa de herança. Ela, de fato, é filha de alguém da família Ferreira, da família de Virgulino Ferreira. Como não podem fazer (o teste de DNA) de Virgulino, porque não existe nenhum resquício dos restos mortais, foi feito do irmão de Virgulino. Então, ela não é filha do Luiz Pedro, como o juiz disse. E, por fim, eu queria simplesmente dizer o seguinte, duas coisas: esse juiz é um estelionatário da história. E segundo: você imagine esse juiz, que não escutou nenhuma fonte para emitir uma opinião, imagina as injustiças que ele cometeu quando, juiz na ativa, ele emitia pareceres, veredictos sobre as pessoas, sem ter escutado as pessoas envolvidas. Porque ele não escutou nenhum cangaceiro, nenhuma cangaceira, nenhuma fonte primária, nenhuma fonte documental. A única fonte que ele utilizou foi o movimento gay da Bahia. Nós não podemos emitir nenhuma opinião histórica em cima de um personagem que é a construção, que é o alicerce da identidade cultural do homem sertanejo. Então, ele (Pedro de Morais) simplesmente quis “se amostrar”, vender livro, uma briga de editoração, de livraria, e não (tratar de) uma questão séria que ajude a construir a cultura, a história do povo brasileiro.
Assis Ramalho: Essa também é a minha opinião. Gostaria de agradecer a sua participação no Blog de Assis Ramalho, pela maneira como me recebeu aqui (no Museu do Cangaço) e deixar Petrolândia de portas abertas, para que quando você cheguelá, a gente também possa bater um outro papo.
Anildomá Souza: Assis, eu que agradeço. É muito bom falar com Petrolândia. Quero mandar um abraço pra todos os amigos e amigas da cidade de Petrolândia e de toda a região. Conheço várias pessoas, no campo da arte e da cultura, de todas as vezes que andei aqui nessa região, pesquisando a vida de Lampião, a vida do rei do Cangaço.
Assis Ramalho: Anildomá, você que é historiador também, qual a emoção de estar diariamente passando a história para os turistas em Serra Talhada, no Museu do Cangaço?
Anildomá Souza: é muito bom. Eu me sinto muito feliz porque eu trabalho exatamente no que eu gosto. Seria muito bom se as pessoas, de todas as profissões, estivessem fazendo o que gostam e que faz por amor, por paixão. Esse meu trabalho no Museu do Cangaço, na terra de Lampião, (que é) trabalhar contando histórias de Lampião e escutando as histórias, as aventuras do rei do Cangaço pelo Nordeste a fora. Eu acho que somente uma pessoa abençoada por Deus teria tanto privilégio e tanta alegria. Olha, eu me sinto honrado com isso, porque eu trabalho repassando para as pessoas os fatos acontecidos. Não somente os que verdadeiramente aconteceram, mas também o que o imaginário popular faz com que as pessoas pensem, imaginem, viajem sobre o folclore, sobre o que foi criado sobre Lampião.
Assis Ramalho: Anildomá, você tocou num ponto muito importante. Existe muito folclore, existem muitas historinhas. Tem histórias que são fantasias e tem histórias que são verdadeiras?
Anildomá Souza: A vida de Lampião é marcada por coisas do imaginário popular. Veja bem, baseado na mente fértil do homem sertanejo, que pega um fato que aconteceu e transforma numa coisa espetaculosa. Vou citar o exemplo da seguinte forma: as pessoas sabem que Lampião era um grande estrategista. Além da liderança que ele tinha, ele era um estrategista nato. A sua capacidade de dar enfrentamento à polícia, às volantes, faziam com que as pessoas dissessem que ele tinha o corpo fechado, que ele tinha orações de envultamento (para ficar invisível), as armas, as balas não lhe atingiam, as facas, os punhais não penetravam seu corpo.
Assis Ramalho: Dessas histórias, tem muitas?
Anildomá Souza: Exatamente. Isso tudo faz parte do imaginário popular. Então, você pega a história real, o que de fato aconteceu, e verifica o que se está inventando em cima desse fato. A história do Cangaço, a história do homem sertanejo todinha é assim.
Assis Ramalho: Lampião pra muitos foi heroi, pra outros foi bandido. Como o historiador Anildomá vê o Lampião?
Anildomá Souza: Eu costumo dizer nem heroi nem bandido, ele é história. Esse, inclusive, é o título de um dos meus livros, chamado “Lampião: nem heroi nem bandido. A história”. Nesse livro, eu pego todos os fatos, da infância até a morte de Lampião, de todas as passagens da vida dele, o que transformou ele num mito, e eu conto a história tal qual aconteceu que é para o próprio leitor tirar a sua conclusão, se Lampião é heroi ou bandido. Eu me preocupo com o fato histórico. Com o rótulo de heroi ou de bandido, isso compete a cada um. Agora, eu particularmente, pelo enfrentamento que Lampião deu aos coronéis, aos fazendeiros, à classe dominante de sua época, ele como sertanejo que quis fazer esse enfrentamento, fazer essa resistência, considero o heroi do sertão.
Assis Ramalho: A gente não pode deixar de tocar num assunto desagradável. Foi notícia esta semana o roubo dos óculos de Lampião em todo o Brasil, inclusive no Jornal Nacional da TV Globo, como isso aconteceu?
Anildomá Souza: Dois dias antes foi roubado do Museu do Cangaço algumas armas.
Assis Ramalho: Houve outro roubo, antes dos óculos?
Anildomá Souza: Isso. Armas do tempo do Cangaço. Em seguida, foi roubado os óculos de Lampião, da Casa da Cultura, e no mesmo dia também foi roubada a bengala do padre Cícero do Juazeiro, em uma cidade do interior de Alagoas. Então, eu acho que está havendo um ataque frontal ao patrimônio cultural, material e imaterial, da história do homem sertanejo. Não sei se isso é uma coisa orquestrada, não tenho a mínima ideia, mas que está havendo esse ataque. Nós estamos aqui prontos para resistirmos a eventuais ações de criminosos ou de bandidos que queiram novamente fazer alguma empreitada contra o Museu do Cangaço.
Assis Ramalho: Agora é torcer para que a polícia desvende esse mistério, não é mesmo?
Anildomá Souza: Exatamente. Afinal de contas, isso é um patrimônio que pertence à história do povo brasileiro, notadamente do povo nordestino.
Assis Ramalho: Vocês não trabalham aqui com segurança?
Anildomá Souza: Nós temos. Mas tinha que ter um deslize, tinha que ter um azar, tinha que ter uma ação de alguém mais astuta pra (acontecer) isso daí. É fatual que tanto a Casa da Cultura quanto o Museu do Cangaço, não temos câmeras de segurança.
Assis Ramalho: Vocês trabalham no limite?
Anildomá Souza: É. No limite das condições. Quem faz cultura neste país, sabe como é que se prima pelas coisas. Nós poderíamos ter uma condição bem maior, mas isso não é a realidade nesse trabalho. Mas nós estamos prontos, mudando inclusive o perfil de funcionamento desses espaços.
Assis Ramalho: Agora tocando num outro assunto, um pouco polêmico. Anildomá, recentemente um juiz de Sergipe escreveu um livro polêmico sobre Lampião, questionando se Lampião era homossexual. Como você vê a atitude desse juiz aposentado de Sergipe, ele escreveu esse livro foi pra aparecer? Qual a opinião do historiador?
Anildomá Souza: O livro chama-se “Lampião, o Mata Sete”. O autor é um juiz aposentado, chamado Pedro de Morais. Ele não tem nenhum fundamento histórico para emitir uma opinião dessa. Eu sou pesquisador, pesquiso a vida de Lampião da infância até a morte. E (sei que) primeiro: não teve nenhum tiroteio no ano de 1922, em que Lampião tenha sido ferido na região da genitália, com ele disse que Lampião levou um tiro no saco escrotal. Esse tiroteio não aconteceu. Segundo: Expedita, que ele diz que não é filha de Lampião. O DNA de Expedita é exatamente o DNA do irmão de Lampião, de João Ferreira, que na época, algum tempo atrás, ela precisou fazer um (teste de) DNA pra questões documentais etc. Coisa de herança. Ela, de fato, é filha de alguém da família Ferreira, da família de Virgulino Ferreira. Como não podem fazer (o teste de DNA) de Virgulino, porque não existe nenhum resquício dos restos mortais, foi feito do irmão de Virgulino. Então, ela não é filha do Luiz Pedro, como o juiz disse. E, por fim, eu queria simplesmente dizer o seguinte, duas coisas: esse juiz é um estelionatário da história. E segundo: você imagine esse juiz, que não escutou nenhuma fonte para emitir uma opinião, imagina as injustiças que ele cometeu quando, juiz na ativa, ele emitia pareceres, veredictos sobre as pessoas, sem ter escutado as pessoas envolvidas. Porque ele não escutou nenhum cangaceiro, nenhuma cangaceira, nenhuma fonte primária, nenhuma fonte documental. A única fonte que ele utilizou foi o movimento gay da Bahia. Nós não podemos emitir nenhuma opinião histórica em cima de um personagem que é a construção, que é o alicerce da identidade cultural do homem sertanejo. Então, ele (Pedro de Morais) simplesmente quis “se amostrar”, vender livro, uma briga de editoração, de livraria, e não (tratar de) uma questão séria que ajude a construir a cultura, a história do povo brasileiro.
Assis Ramalho: Essa também é a minha opinião. Gostaria de agradecer a sua participação no Blog de Assis Ramalho, pela maneira como me recebeu aqui (no Museu do Cangaço) e deixar Petrolândia de portas abertas, para que quando você cheguelá, a gente também possa bater um outro papo.
Anildomá Souza: Com certeza. Quero mandar um abraço para o pessoal de Petrolândia e da região, e dizer que logo, logo eu estarei aí mais uma vez, curtindo as maravilhas do nosso (rio) São Francisco.
Redação do Blog de Assis Ramalho
sexta-feira, dezembro 16, 2011
Em entrevista a Assis Ramalho, diretor do Museu do Cangaço de Serra Talhada afirma que bacamartes foram furtados do local
Par de óculos, em ouro 16K, foi recentemente furtado do Museu do Cangaço
Além da preocupação com os roubos àquele museu, Anildomá também demonstrou sua revolta com o juiz aposentado Pedro de Moraes, que escreveu um livro que aponta o rei do cangaço como homossexual.
A entrevista estará disponível na íntegra amanhã, neste blog.
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