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Quatro dias após reunir 45 mil pessoas numa manifestação pró-anistia na Avenida Paulista, a oposição atingiu as 257 assinaturas necessárias para acelerar a tramitação do PL da Anistia na Câmara. A partir de agora, com base no acordo do PL com Hugo Motta, o presidente da Câmara será pressionado a pautar a votação da urgência da proposta que perdoará as condenações aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro.
A relação de signatários, coordenada por Sóstenes Cavalcante, traz deputados de partidos da base governista, como União, MDB, PSD e PP. Também endossam o requerimento o vice-líder do PSD de Gilberto Kassab, Reinhold Stephanes (PR); o deputado Moses Rodrigues (União-CE), que chegou a ser ventilado como opção para substituir Juscelino Filho no Ministério das Comunicações. O deputado que completou os 257 apoios foi Paulo Azi (União Brasil-BA), aliado de primeira hora de ACM Neto na Bahia.
Na quarta-feira, Hugo Motta (Republicanos-PB) conversou com Jair Bolsonaro em relação aos votos do Republicanos em relação à anistia. Havia um incômodo com a falta de adesão de partidos do Centrão com a proposta. Por exemplo, o Republicanos tinha até ontem à tarde, somente 53% dos 45 deputados assinando a proposta de urgência.
Na conversa, segundo Gabriel Sabóia, no GLOBO, Bolsonaro disse a Motta que esperava ter a totalidade dos votos do Republicanos para a matéria e lembrou que em São Paulo, reduto eleitoral de um dos seus principais aliados, o governador Tarcísio de Freitas, o Republicanos não entregou assinaturas valiosas à urgência da proposta, como a do deputado Celso Russomanno.
Embora seja do PL, Bolsonaro exerce influência sobre boa parte da bancada do Republicanos na Câmara e no Senado. Alguns dos principais nomes do partido, como os senadores Hamilton Mourão (RS) e Damares Alves (DF), além do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, já se posicionaram pela anistia.
O presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira, tem sido pressionado a trabalhar pelo número máximo de assinaturas, mas questiona se este seria o melhor momento para pautar a anistia. Por isso, Bolsonaro passou a recorrer a Motta.
A baixa adesão sde partidos do União Brasil (51%) , PSD (43%) e PP (58%) também incomodaram Bolsonaro, que chegou a criticar aliados do Centrão.