Pastora Odja Barros, da Igreja Batista do Pinheiro de Maceió - Imagem: Carlos Madeiro/UOL
Voz progressista dentro dos evangélicos, a teóloga e pastora batista Odja Barros afirma que o PL (projeto de lei) que equipara o aborto ao crime de homicídio repete uma velha máxima usada há séculos: o uso indevido do nome de Deus por homens para manter as mulheres sob seu domínio.
Ela afirma que a Bíblia relata vários casos de histórias onde o jogo de poder usa a vida de mulheres e meninas como uma moeda de troca para obter privilégios e controlar a vida delas.
''É o que está acontecendo agora com esse PL. Ninguém está se importando com a vida das mulheres e meninas. São homens usando o nome de Deus em suas disputas de poder''.
Disse Odja Barros.
Odja é pastora da Igreja Batista do Pinheiro, em Maceió, que historicamente se posicionou ao lado de minorias e grupos vulneráveis. Por causa disso, a igreja chegou a ser expulsa da Convenção Batista Brasileira.
A pastora foi ameaçada de morte em 2021 após celebrar um casamento entre pessoas do mesmo sexo.