Kit de joias masculinas recebido pelo governo após viagem à Arábia Saudita em 2021.DivulgaçãoA Polícia Federal (PF) passou a ter a colaboração do FBI, a PF dos Estados Unidos, na investigação sobre o esquema ilegal de venda de joias e relógios da Arábia Saudita retirados do acervo presidencial durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A participação do FBI no caso foi autorizada pelo Departamento de Justiça americano, em Washington, que aceitou integralmente o pedido de colaboração policial internacional proposto pela PF.
A CNN apurou que uma equipe da PF irá viajar aos Estados Unidos nos próximos dias com o objetivo de mapear o caminho que os estojos de joias percorreram até serem colocados à venda.
Com o acordo de cooperação técnica entre as duas polícias, a investigação poderá:
De acordo com a investigação da PF, aliados de Bolsonaro, como o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, e o pai dele, Mauro Lourena Cid, teriam negociado a venda das joias e relógios.
A família Cid e também a de Bolsonaro possuem contas bancárias nos Estados Unidos.
Desde que o caso das jóias sauditas veio à tona em março deste ano, alguns itens foram reencontrados, como um conjunto da marca Chopard e um relógio Rolex.
Mas a investigação suspeita que outras peças, ainda não divulgadas, tenham sido comercializadas. Não há conhecimento, por exemplo, do paradeiro de um relógio de luxo da marca Patek Philippe.
A defesa de Bolsonaro alega que não houve venda ilegal de joias e que havia o entendimento de que os presentes seriam itens personalíssimos. Portanto, eles não deveriam ser incorporados pelo acervo público.
Por CNN Brasil