Minervino Júnior/CB/D.A.Press e Divulgação/Museu do FutebolA Comissão Parlamentar de Inquérito das Pirâmides Finaceiras vota, nesta quarta-feira (30/08), os requerimentos para a convocação de Jair Renan, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e de Neymar da Silva Santos, pai do jogador de futebol Neymar Jr. O foco da comissão tem sido fraudes com o uso de criptomoedas e falsas promessas de alta rentabilidade.
Nomes como o ex-jogador Ronaldinho Gaúcho, o ator Cauã Reymond, a atriz Tatá Werneck e o apresentador Marcelo Tas já foram convocados para prestar depoimento na CPI, mas ainda não compareceram.
O autor do requerimento de convocação do pai de Neymar é o deputado Caio Vianna (PSD-RJ), que solicitou que o empresário compareça na condição de testemunha. ''Durante o depoimento à CPI das Pirâmides Financeiras, na terça-feira (22/08), o Sr. Andrés Rueda, presidente do Santos Futebol Clube,
afirmou que a ligação entre o Santos e o cassino Blaze foi intermediada pela N&N Consultoria, a qual recebeu 10% do valor do contrato de R$ 45 milhões. O cassino Blaze tem acumulado um volume significativo de reclamações online'', diz a justificativa do pedido.
Já Jair Renan, filho de Bolsonaro, teve o pedido de convocação apresentado pelo deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), por propaganda de uma criptmoeda. ''Em 17 de novembro de 2022, Jair Renan Bolsonaro publicou em suas redes sociais vídeo em que fez propaganda do Myla, uma criptomoeda que, em suas palavras, se constituiria como 'uma ótima oportunidade para mudar de vida'. Cumpre destacar que tal criptomoeda estava atrelada a um 'metaverso de direita' e a um jogo de combate entre mocinhos e o um time de vilões vermelhos liderados pelo Ministro Alexandre de Moraes. Estima-se que, em apenas 24 horas, Jair Renan Bolsonaro conseguiu captar 266 mil reais em investimentos na Myla'', afirma o requerimento.
Os sócios da empresa 123 milhas, Ramiro Júlio Soares Madureira e Augusto Júlio Soares Madureira, também foram convocados após o escândalo do cancelamento dos pacotes promocionais na empresa, mas não compareceram à CPI.
Para o presidente do colegiado, o deputado Áureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), a situação pode indicar a possibilidade de um esquema de pirâmide. ''Milha é uma moeda virtual, como tantas outras, e existe sério indício de ocorrência de pirâmide. a obrigação dessa CPI é investigar e trazer respostas a todos os prejudicados. E a obrigação desses senhores é comparecer e prestar esclarecimentos. Não apenas a esta comissão, mas a todos aqueles que deram crédito à empresa 123milhas'', destacou.
Por: Correio Braziliense.