Na reta final da campanha, o ministro da Economia tem causado uma série de desgastes para a campanha do chefe.
Os problemas começaram com a revelação de um plano para desindexar o salário mínimo e as aposentadorias da inflação.
Prosseguiram com a ideia de retirar do Imposto de Renda as deduções com gastos em saúde e educação.
Nesta quinta-feira, Guedes deu mais dois tiros no pé. Em videoconferência, ele admitiu a hipótese de Lula vencer a eleição, violando uma regra básica de qualquer manual para iniciantes na política.
Mais tarde, o ministro cometeu um sincericídio e disse que o governo Bolsonaro "rouba menos". "Eu, se fosse o Bolsonaro, diria: tudo o que o Lula fizer, eu faço mais. Por quê? Porque nós roubamos menos", afirmou.
A frase desastrada de Guedes lembra uma gafe histórica de Luiz Paulo Conde na eleição municipal do Rio em 2000.
Na saída de um debate na rádio CBN, o então prefeito escorregou ao tentar defender seu desempenho: "Eu sou mais sincero, eu minto menos".
A derrapada prejudicou Conde e contribuiu para a virada de Cesar Maia.
Por Bernardo Mello Franco