Abertura da mostra será no próximo dia 15 e contará com performance Angu, da artista maranhense Gê Viana
Novos olhares, traços, memórias e interpretações nas telas. Reunindo 26 obras de 12 artistas contemporâneos, a exposição “Necrobrasiliana” chega à Galeria Vicente do Rego Monteiro, da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), no dia 15 de setembro, com a proposta de fazer uma releitura e reinvenção do acervo documental brasiliana. As novas simbologias serão criadas a partir de registros de cartógrafos, fotógrafos, escritores e cientistas que vieram ao país entre os séculos XVI e XIX, como Albert Eckhout, Frans Post, Jean-Baptiste Debret e Auguste Stahl. Necrobrasiliana cria novas representações e fundamentos do período colonial no Brasil. A abertura da mostra será às 18h.
Com curadoria de Moacir dos Anjos, pesquisador da Fundaj, a mostra foi apresentada entre junho e agosto deste ano no Museu Paranaense (Mupa). Sua montagem em Curitiba faz parte de um acordo de cooperação assinado entre Fundaj/Mupa em 2021. Em terras curitibanas, contou com um público de 22.684 visitantes. Moacir dos Anjos ressalta que a Necrobrasiliana faz uma crítica às imagens da memória colonial, ao racismo implícito nelas e que se perpetua nos livros de história, em propagandas e até mesmo no vestuário. “As obras dos 12 artistas que integram a exposição fazem essa crítica e defendem a construção de uma nova sociabilidade. Outra forma de vida, mais inclusiva e justa, onde se possa superar essa memória apaziguada que se tem deste país cordial. Reconhecendo, assim a violência no processo de colonização do Brasil e, a partir desse reconhecimento, criar outras formas de vida no país”, destaca.