08/06/2022. Crédito: Ed Alves/CB/D.A Press. Brasil. Brasília - Cidades. Um ano do caso Lazaro Barbosa. Na foto o Tenente-coronel Edson Melo, foi ele e seu homens que mataram o criminoso. - (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)Lázaro Barbosa foi morto em 28 de junho após entrar em confronto com policiais militres
O tenente-coronel Edson Melo, 39 anos, ainda fica tenso ao relembrar do tiroteio que terminou com a morte de Lázaro Barbosa, 32, próximo a um córrego que faz a divisa entre Águas Lindas e o Distrito Federal. O policial militar do estado de Goiás ficou à frente de uma equipe de oito PMs que cercou o assassino e colocou fim a uma das maiores caçadas humanas da história da polícia brasileira, iniciada há exatamente um ano, em 9 de junho de 2021, depois de um crime bárbaro que assustou o país. Naquela madrugada, o caseiro invadiu uma casa, no Incra 9 de Ceilândia, e matou o empresário Cláudio Vidal de Oliveira, 48, e os dois filhos, Gustavo Marques Vidal, 31, e Carlos Eduardo Marques, 15. A matriarca da família, Cleonice Marques de Andrade, 43, foi sequestrada e encontrada morta e nua quatro dias depois, no Córrego das Corujas, a 8km da residência onde morava.
As buscas por Lázaro duraram 20 dias e mobilizaram cerca de 300 homens e mulheres das forças de segurança do DF e de Goiás. Drones de alta tecnologia, helicópteros com visão noturna, câmeras com sensor de calor e cães farejadores foram alguns dos métodos utilizados na tentativa de captura do serial killer. Após cometer a chacina, o assassino deu início a uma sequência de fugas e crimes: fez reféns, baleou três pessoas em Cocalzinho (GO), roubou carros e invadiu chácaras para cometer furtos.
Lázaro desafiava a polícia. Crescido e acostumado a viver em área de mata, o baiano conseguia se safar e se esconder facilmente em grutas, montanhas e córregos. Foram dias de uma caçada intensa, que fez com que alguns moradores de Águas Lindas, Cocalzinho e dos distritos de Edilândia e Girassol abandonassem suas casas por medo. Lotado na Superintendência de Segurança do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, o tenente-coronel Edson contou, ao Correio, que pediu autorização a Caiado para participar da operação uma equipe de oito policiais das Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam) de Goiânia.