Em um texto publicado no mesmo endereço utilizado pelos usuários, orkut.com, o criador da rede social, o programador turco Orkut Büyükkökten, conta um pouco sobre a fundação do Orkut, há 17 anos, quando era estudante da pós-graduação em Stanford e trabalhava como engenheiro de software no Google.
Na mensagem, publicada em inglês e português, Büyükkökten diz que a rede social encontrou sua comunidade "porque reuniu tantas vozes diversas de todo o mundo em um só lugar".
A maioria dos usuários eram do Brasil e da Índia. Em ocasiões anteriores, principalmente quando alguma outra rede social esteve fora do ar, o Orkut foi lembrado pelos brasileiros, que pediam o retorno. A rede era tão amada que um fã chegou a recriar a página inicial do Orkut.
O programador turco afirma que, na época em que o orkut.com estava em atividade, era uma rede social onde o ódio e a desinformação não eram tolerados, uma crítica à polarização vista atualmente nas redes sociais mais utilizadas pelo mundo.
"Nos dedicamos muito para tornar o orkut.com uma comunidade onde você pudesse conhecer pessoas reais que compartilhavam seus mesmos interesses, não apenas pessoas que curtiram e comentaram em suas fotos", diz o texto. A mensagem cita ainda a importância de construir "conexões autênticas" com vizinhos, familiares, funcionários e até estranhos.
"Nossas ferramentas online devem nos servir, não nos dividir. Elas devem proteger nossos dados, não vendê-los. Elas devem nos dar esperança, não medo e ansiedade. A melhor rede social é aquela que enriquece sua vida, mas não a manipula. Eu quero que você seja capaz de ser o seu verdadeiro eu, online e offline. Eu quero que você seja capaz de fazer conexões duradouras. Eu quero ajudá-lo a fazer isso com todo o meu coração", afirma Büyükkökten.
Volta do Orkut?
O texto termina com um indicativo de que o Orkut voltará de alguma forma. Büyükkökten diz que está construindo algo novo e finaliza: "Vejo você em breve!".
Quem ficou interessado com a novidade pode se inscrever no site orkut.com para receber uma notificação sobre novos anúncios.
Por Ana Maria Miranda/JC
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