A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta quinta-feira (10) que pelo menos 24 estruturas sanitárias já foram bombardeadas na Ucrânia desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro.
De acordo com a entidade, o balanço desses ataques é de pelo menos 12 mortos e 17 feridos, sendo dois óbitos de trabalhadores da saúde. A OMS, no entanto, não indica os responsáveis pelos bombardeios.
A Ucrânia acusa a Rússia de ter atacado a maternidade e a ala infantil de um hospital em Mariupol, cidade que está cercada pelos invasores há quase duas semanas, na última quarta-feira (9).
A ação teria deixado pelo menos três mortos, incluindo uma menina, e provocou consternação no mundo.
“O ataque a um hospital de Mariupol, na Ucrânia, onde estão localizadas a maternidade e a ala infantil, é terrível. Os civis estão pagando o preço mais alto por uma guerra que não tem nada a ver com eles. Essa violência sem sentido precisa parar”, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres.
Já a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que o ataque ao hospital de Mariupol é “desumano, cruel e trágico”. “Estou convencida de que pode ter sido um crime de guerra. Precisamos de uma investigação completa”, acrescentou.
No entanto, de acordo com Moscou, o hospital pediátrico “era usado como base do Batalhão de Azov”, milícia ucraniana neonazista, mas o Kremlin não deu provas de sua alegação.
“Eles estão mentindo sobre o fato de que não havia mulheres ou crianças no hospital e disseram que havia nacionalistas. Estão mentindo, como sempre fazem”, rebateu o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. (ANSA).