O governo Bolsonaro prepara a indicação de Rodolfo Landim para a presidência do conselho de administração da Petrobras.
O presidente do Flamengo é ex-funcionário de carreira da estatal, onde trabalhou por 26 anos. Já foi diretor da própria Petrobras e, durante o primeiro governo Lula, presidente da BR Distribuidora.
O anúncio oficial da indicação está previsto para acontecer na segunda-feira. Nos últimos dias, foram feitas várias tratativas para viabilizar o seu nome por causa dos vários processos a que responde.
Em agosto passado, Landim foi denunciado pelo MPF, junto com alguns ex-sócios pelo crime de gestão fraudulenta. Segundo a denúncia do MPF, Landim e os sócios Demian Fiocca e Nelson Guitti Guimarães atuaram numa operação financeira que teria causado um prejuízo de R$ 100 milhões a fundos de pensão de funcionários de estatais, como a Funcef.
Se tudo correr como imagina o governo, Landim substituirá o almirante Leal Ferreira, cujo mandato está terminando. Em meados de janeiro, o presidente do Fla e o ministro de Minas de Energia, Bento Albuquerque, tiveram um encontro no Rio de Janeiro onde sua ida para a Petrobras foi o tema da conversa.
Landim é hoje o presidente de clube de futebol mais próximo do governo. No início da pandemia e em sua fase mais aguda era o Flamengo que, em sintonia com Jair Bolsonaro, o clube que mais tentava acabar com as restrições impostas pelo combate à Covid, como, por exemplo, a proibição de torcida nos estádios.
Se assumir de fato da presidência do conselho da Petrobras, Landim retornará à uma empresa que hoje vive sob pressão de Bolsonaro para controlar os preços dos combustíveis.
O Globo