Ana Clara, 14 anos, mais conhecida como Clarinha é moradora do município de Petrolândia, no Sertão de Pernambuco. Diagnosticada com fibrose cística aos 6 anos de idade, a estudante recebe tratamento no Instituto Materno-Infantil de Pernambuco (IMIP), no Recife. Na capital, Clarinha engajou-se na campanha da Associação Pernambucana de Amparo aos Fibrocísticos (APAF), "Chega de esperar: queremos o Trifakta no Brasil JÁ!".
No Brasil, em 26 de março de 2021, a indústria fabricante do Trikafta, a Vertex Pharmaceuticals, solicitou o registro do medicamento na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O pedido foi feito para pessoas com fibrose cística elegíveis com 6 anos ou mais que têm pelo menos uma mutação F508del no gene CFTR ou uma mutação no gene CFTR que é responsiva com base em dados in vitro.
O pedido de registro à Anvisa é o primeiro e importante passo para que o fluxo de incorporação de uma nova tecnologia tenha início em nosso país. Isso acontece pois um medicamento só pode ser comercializado no Brasil depois de receber a autorização da Agência, etapa que assegura a eficácia e segurança desta nova droga.