Senadores, no entanto, avisaram ao governo nas últimas semanas que não querem "carimbar" a votação de um projeto com caráter eleitoreiro, já que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) espera capitalizar votos com o programa na sua campanha à reeleição e extinguiu o Bolsa Família para criar o Auxílio Brasil com prazo de validade. Em conversas com ministros do governo, senadores ouvidos pelo blog condicionaram o apoio à PEC dos Precatórios — que abre espaço fiscal para pagar o auxílio até o fim do ano que vem — à essa mudança de tornar permanente o programa social.
Diante do impasse, o governo deu sinal verde para senadores avançarem com a discussão de um programa permanente. Mas, para evitar atrasos na votação da PEC dos Precatórios, a ideia é discutir a questão em outra Proposta de Emenda à Constituição — se o Senado faz alterações em uma proposta que já foi aprovada pelos deputados, o texto precisa voltar para a Câmara.