Na região Nordeste, o São Francisco é a fonte mais importante para geração de alimentos, abastecimento humano, irrigação de culturas e turismo. "O uso das águas não pode ser algo hegemônico do setor elétrico" (Foto: Edson Oliveira/TantoExpresso/Ascom CBHSF)
De 2010, quando a bacia do São Francisco iniciou um longo período de seca, para os dias atuais, novamente os reservatórios do país estão em uma situação preocupante em relação à geração de energia. Seria possível prever situações como a atual e buscar soluções que atendam não só à geração de energia, mas também aos múltiplos usos?
Há condições de prever ou ter uma ideia do que pode ocorrer baseado nas modelagens matemáticas e climatológicas. Mas, por outro lado, existem variáveis, como a incidência de chuvas, além dos fenômenos el niño e la niña. Há também o desmatamento que influencia no ciclo da água para promover mais chuvas nas regiões Sul e Sudeste. A geração de energia através de hidrelétricas, embora seja considerada energia limpa, é altamente agressiva para o ecossistema e para os organismos, além do que é um modelo que vai se tornar insustentável ao longo do tempo.
Na região Nordeste, o São Francisco é a fonte mais importante para geração de alimentos, abastecimento humano, irrigação de culturas e turismo. É preciso priorizar a população que usa a água para matar a sede, matar a sede animal, para abastecer sua residência, plantar, além dos outros usos como a pesca, irrigação, lazer etc. O uso das águas não pode ser algo hegemônico do setor elétrico.
A ANA adotou medidas para minimizar os impactos da escassez hídrica com a Resolução 2.081. Essa resolução trouxe algum benefício?