A vida na pandemia do novo coronavírus é dura para todos. Mas, para o solteiros, a perspectiva de namoro e sexo - enquanto se distancia socialmente para evitar uma doença respiratória potencialmente fatal - parece impossível. Como você namora sem tocar ou beijar? Como você faz sexo sem respirar em seu parceiro e colocar um ao outro em risco? Uma reportagem do "New York Times" levanta essas perguntas e conta que o departamento de saúde da cidade de Nova York atualizou recentemente seu informativo "Sexo seguro e Covid-19" com conselhos mais detalhados, francos e descritivos para quem procura companhia e intimidade física durante a pandemia.
As novas diretrizes para namoro e sexo seguro em meio ao surto global de coronavírus ainda dizem que "você é seu parceiro sexual mais seguro" e que o "próximo parceiro mais seguro" é alguém em sua casa. Mas a orientação também reconhece que nem todos têm acesso a um parceiro sexual exclusivo em casa. Quem está namorando ou "ficando" ainda deve tentar minimizar os contatos próximos. Sexo seguro durante a pandemia também significa usar uma máscara e evitar beijos
"Respiração pesada e ofegante pode espalhar o vírus ainda mais", diz o documento. O "NYT" lembra que um comentário recente de pesquisadores da Universidade de Harvard, em Massachusetts, nos Estados Unidos, também recomendou que as pessoas usassem máscara durante o sexo com alguém de fora de sua casa. As diretrizes da cidade de Nova York desencorajam o sexo em grupo, mas dão conselhos para quem decidir fazer: "escolha espaços maiores, mais abertos e ventilados".
As pesoas podem tentar encontrar alternativas criativas ao sexo tradicional, como brinquedos sexuais, se masturbar juntos e festas sensuais no Zoom, ou podem tentar "torná-lo um pouco excêntrico", afirmam as diretrizes, sugerindo, entre outras coisas, que as pessoas podem evitar contato fazendo sexo através de buracos nas paredes ou outras barreiras: "Seja criativo com posições sexuais e barreiras físicas, como paredes, que permitem o contato sexual e, ao mesmo tempo, impedem o contato pessoal".Se a linguagem parece surpreendentemente direta, deveria ser, disse Demetre Daskalakis, vice-comissário para controle de doenças do Departamento de Saúde e Higiene Mental da cidade de Nova York, ao jornal americano. "Nosso departamento tem um histórico forte de ser muito positivo em relação ao sexo", afirmou Daskalakis: "A abstinência durante a pandemia não vai funcionar. Tendemos a não deixar de dar recomendações realistas às pessoas. Não há razão para com a Covid-19 ser diferente".
Por Extra/Oglobo - RJ