“A indústria do açúcar e do álcool vai conseguir cumprir metas, atingir objetivos, e está gerando emprego e renda. Isso é muito importante para Pernambuco atravessar esse momento tão difícil. É um setor que tem se renovado a cada ano, buscando aprimorar-se e se profissionalizar. E os exemplos ficam, quando a gente vê uma usina como esta colhendo a sua centésima safra e, ao mesmo tempo, tendo um planejamento para os próximos anos e as próximas décadas. Isso é muito importante para a melhoria da produtividade de Pernambuco e para a geração de emprego e renda”, afirmou Paulo Câmara.
O vasto conhecimento e experiência do Grupo Olho D’Água na produção de açúcar, etanol, aguardente, energia e diversos outros tipos de álcool – associados a contínuos investimentos em novas tecnologias – possibilitam um alto índice de produtividade, gerando 3,5 mil empregos diretos e 1,5 empregos indiretos.
Satisfeito com o início da centésima safra, o diretor-presidente do Grupo Olho D’Água, Gilberto Tavares de Melo, ressaltou tratar-se da maior produção na história de Pernambuco. “Ela está gerando o equivalente a 4,5 milhões de sacos, entre álcool e açúcar convertidos. No ano passado, Pernambuco já fez uma maior safra. Este ano, comemorando o centenário, o grupo está desafiado a bater esse recorde”, enfatizou.
QUARTA GERAÇÃO – Considerado o maior processador de produtos de açúcar e álcool do Nordeste, o Grupo Olho D’Água teve origem em 1920, quando os empresários Artur Tavares de Melo, Samuel Hardman e José Hardman assumiram o Engenho Olho D’Água em Pernambuco. Atualmente, o grupo é comandado pela quarta geração de administradores, uma empresa familiar de base sólida.
O grupo iniciou um amplo processo de expansão, tanto no setor sucroalcooleiro como na diversificação para outras atividades industriais. Atualmente, reúne três empresas sucroalcooleiras: Usina Central Olho D'Água; COMVAP – Açúcar e Álcool Ltda., no Piauí (município de União); e Usina GIASA, adquirida em 2019 e localizada na Paraíba (município Pedras de Fogo).
Pernambuco é, atualmente, o quarto maior produtor de cana-de-açúcar do Nordeste, com uma média estimada entre 12 e 13 milhões de toneladas por ano, gerando cerca de 200 mil empregos diretos e indiretos. O setor sucroalcooleiro é o que mais emprega no Brasil, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. Hoje, o Estado contabiliza 11 usinas em operação. A Zona da Mata é a maior região produtora, e, no total, 25 cidades pernambucanas têm na indústria sucroalcooleira a sua principal atividade econômica.
BENEFÍCIO FISCAL – Por meio da Lei nº 15.584, aprovada pela Assembleia Legislativa em setembro de 2015, o Governo de Pernambuco concedeu benefícios fiscais nas operações com Álcool Etílico Hidratado Combustível (AEHC) e açúcar, proporcionando uma redução de 50% na carga tributária para usinas em situação de recuperação judicial, inativas há mais de um ano e que estejam arrendadas a cooperativas de produtores de cana-de-açúcar.
Com a medida, foram gerados mais empregos e renda na Zona da Mata pernambucana, favorecendo, sobretudo, pequenos agricultores, que antes precisavam escoar sua produção para Estados vizinhos. A iniciativa possibilitou a retomada da produção de duas grandes usinas da Zona da Mata, Cruangi e Pumaty, que se encontravam paralisadas e em processo de recuperação judicial. As empresas foram arrendadas às cooperativas de produtores de cana AGROCAN e COAF – com o apoio do Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria estadual de Desenvolvimento Agrário – em mais uma investida no soerguimento do setor sucroalcooleiro.
Fotos: Pedro Menezes/SEI
Sérgio Montenegro
Gerente de Produção de Conteúdo