Pernambuco confirmou, nesta segunda-feira (29), 369 casos de pessoas infectadas pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, conforme boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE). Além disso, também foram confirmados laboratorialmente 31 óbitos em decorrência da covid-19, que ocorreram desde o dia 1º de maio. Com os novos dados, o Estado agora contabiliza 58.476 casos da doença, desde o início da pandemia, com 4.782 pessoas que perderam a vida.
Dos casos confirmados nesta segunda, 86 (23%) foram diagnosticados como Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 283 (77%) como leves, ou seja, pacientes que não demandaram internamento hospitalar e que estavam na fase final da doença ou já curados. Já com relação ao número total de casos, 19.354? foram considerados graves e 39.122? leves leves.
Os detalhes epidemiológicos serão repassados ao longo do dia pela Secretaria Estadual de Saúde.
Com o objetivo de tentar neutralizar o vírus no paciente infectado pela covid-19, Pernambuco começará a testar o uso de plasma sanguíneo de pessoas que já se recuperaram da doença. No plasma, há anticorpos contra a doença que podem ser capazes de reduzir a mortalidade e o tempo de internação dos pacientes infectados. Estudos têm mostrado que se trata de uma terapêutica relativamente segura e que oferece poucos riscos. A eficácia dessa intervenção contra o novo coronavírus, no entanto, permanece enigmática, mas pesquisadores ao redor do mundo fazem investigações. Entre eles, está um grupo de cientistas pernambucanos liderado pelo infectologista Demócrito Miranda Filho, professor da Universidade de Pernambuco (UPE).
O médico é coordenador de um estudo, já aprovado em comitê de ética, com previsão para iniciar nesta quarta-feira (1°), quando a Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope) começará a receber doadores voluntários para realização dos primeiros exames. Será disponibilizado um agendamento no site da instituição. Para ser um doador, é preciso ter idade a partir de 18 anos, ter tido sintomas de covid-19 e testado positivo para a doença, além de ter se recuperado da infecção há mais de 30 dias.
Os pesquisadores têm como meta alcançar 300 doadores recuperados da covid-19, e cada um deles pode beneficiar de um a dois pacientes internados com a doença. Em linhas gerais, o procedimento consiste na transfusão do plasma de sangue de um paciente curado para outro que ainda está com a doença em atividade. Com essa terapêutica, pretende-se diminuir os sintomas da infecção e a carga viral no organismo, o que possibilita a melhora do doente.
Por Jornal do Commercio