A enfermeira Diélida Cardoso Ferreira, de 33 anos, morreu nesta quarta-feira (14) uma semana após a morte da mãe mãe Kátia Almeida Cardoso, de 49 anos. Ambas eram profissionais de saúde e foram vítimas do novo coronavírus (Sars-Corv-2). Elas eram do grupo de risco e tinham problemas no coração.
Diélida ficou internada por mais de 20 dias, mas não resistiu. Ela trabalhava na chamada “linha de frente” da pandemia de Covid-19 no Hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes, na Zona Norte do Rio e em uma UPA de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
“Muita dedicação que ela tinha na sua profissão, querida por todos os colegas de trabalho, pela família e nós a perdemos. A Kátia era técnica de enfermagem e ficou internada dois, três dias e veio a óbito, uma pessoa maravilhosa”, lamentou Iolanda Marques, amiga da família.
A técnica em enfermagem Kátia já tinha sofrido um infarto. Apesar disso, mesmo sendo do grupo de risco, elas não foram afastadas do trabalho.
Em uma de suas últimas publicações na internet, Diélida oferecia ajuda para tirar dúvidas sobre a Covid-19 e pedia que as pessoas ficassem em casa já que ela não podia.
O sindicato dos enfermeiros informou que conseguiu uma liminar no Tribunal Regional do Trabalho que autoriza o afastamento imediato dos profissionais que são considerados do grupo de risco.
"Elas são exemplos clássicos de que não é a idade que eles representam e sim a comorbidade. Se é diabético, se é hipertenso, se tem bronquite, gestante e se está amamentando. Essas pessoas devem ser afastadas por ser do grupo de risco do coronavírus", disse Líbia Bellusci, do sindicato dos enfermeiros.