O corpo de Gugu Liberato, morto na sexta-feira (22) nos Estados Unidos, deverá chegar ao Brasil até quinta-feira (28), informou neste sábado (23) a assessoria de imprensa do apresentador.
Um dos maiores nomes da TV brasileira, Gugu morreu aos 60 anos em Orlando. Ele estava internado desde quarta-feira (20) em um hospital da cidade, depois de sofrer uma queda em casa e bater a cabeça.
De acordo com a assessoria, o velório do apresentador será aberto ao público que tanto o prestigiou. A família de Gugu analisa o convite feito pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) para que a despedida seja feita num salão dentro do prédio.
"A probabilidade maior é de que o corpo chegue entre quarta e quinta, sendo mais provável na quinta", informou a assessoria.
Ainda de acordo com a assessoria, a equipe médica americana informou que a doação dos órgãos de Gugu poderá beneficiar até 50 pessoas.
A morte encefálica do apresentador foi confirmada pelo médico Guilherme Lepski, neurocirurgião brasileiro chamado pela família, segundo comunicado (leia a íntegra abaixo). Lepski chegou a Orlando nesta sexta.
Ele disse que Gugu voltou de viagem à Ásia na própria quarta. Ao subir ao sótão, para verificar o ar-condicionado, pisou em uma área feita de gesso (drywall) e caiu no chão da cozinha, de uma altura de quatro metros.
Com a queda, bateu a cabeça e sofreu uma fratura na têmpora direita.
Informações sobre o traslado do corpo para o Brasil, velório e sepultamento não haviam sido divulgadas até a última atualização desta reportagem.
Doador de órgãos
Um dos motivos para a demora no traslado é que, segundo a família, Gugu expressou em vida o desejo de ser doador de órgãos. Só depois desse processo que o corpo será levado para o Brasil.
Nota divulgada pela família, amigos e colegas fala sobre a morte do apresentador. Leia o trecho final:
“Gugu sempre refletiu sobre os verdadeiros valores da vida e o quão frágil ela se revela. Sua partida nos deixa sem chão, mas reforça nossa certeza de que ele viveu plenamente”.
Gugu foi um dos principais apresentadores da TV do Brasil. Entre 1981 e 2003, foi destaque no SBT no comando de programas de auditório que foram sucessos na época, como "Viva a noite" e "Domingo legal". Em 2009, assinou contrato com a TV Record, onde continuou a atuar como apresentador.
Ao longo da carreira, iniciada aos 14 anos, como auxiliar de produção de Silvio Santos, que na época tinha um programa na TV Globo, trabalhou ainda como empresário, cantor e ator.
Por Luciana Vicente, Daniela Gemignani e Kleber Tomaz, GloboNews e G1 SP — São Paulo