Porém, existe uma canção, que para os conterrâneos do falecido artista deve ser motivo de orgulho. Trata-se da música “Divina Cidade” (Minha Terra – Serra Talhada), que é certamente uma das mais belas de Arnaud Rodrigues e a mais comovente e tocante homenagem feita a Serra Talhada.
Arnaud Rodrigues viveu a maior parte da vida longe da sua terra natal, mas de alguma forma o seu coração estava encravada nas ‘talhas da serra’. Em dos trechos da música, Arnaud descreve a beleza natural da serra que dá nome a cidade, “Divina!/ Divina cidade de serra tão linda/A pedra de ouro do ventre da mina/Talhada serra/Bela vila”.
Em outro trecho ele descreve os seus laços afetivos coma terrinha, as preocupações com os problemas da cidade e declara todo seu amor a sua ‘divina cidade’,
“Sonhei dormindo em teu berço/Quando fui criança/E hoje voltei com você nessa dança/De liberdade e paz/Pois sei, que o ódio e a intriga só trazem ruínas/Com Deus e ternura a pobreza termina/Te amar é bom demais”.
O serratalhadense Arnaud Rodrigues Trabalhou nos programas de Chico Anysio na TV Globo e em vários outros programas humorísticos, tanto como ator quanto como redator.[1] Na década de 1970 formou com Chico Anysio e o instrumentista Renato Piau o grupo musical Baiano & os Novos Caetanos, no qual interpretava o cantor Paulinho Cabeça de Profeta.[1] A iniciativa rendeu quatro discos de estúdio, Bahiano&Osnovos caetanos I e II, A volta e Sudameris, alavancando também a carreira de músico de Arnaud, que acabaria lançando mais alguns álbuns a solo.
Em 1978 Arnaud Rodrigues gravou a faixa A Carta de Pero Vaz de Caminha, integrada no disco Redescobrimento, o primeiro reggae gravado no Brasil.
Arnaud Rodrigues é também creditado como um dos precursores do rap brasileiro. A sua faixa, Melô do Tagarela, que foi lançada em compacto pela RCA em 1979 e cantada e falada por Luiz Carlos Miéle, sob uma sampleiada de Rapper's Delight, do grupo americano Sugarhill Gang, foi a primeira versão de um rap gravado no Brasil[2].
Na teledramaturgia teve alguns trabalhos marcantes, como o Cego Jeremias, cantor ambulante da versão de 1985 da novela Roque Santeiro, além do imigrante nordestino Soró, personagem ingênuo e bem-humorado criado pelo escritor Walter Negrão para a novela Pão Pão, Beijo Beijo.[3]. Soró fez tanto sucesso entre o público que Arnaud voltaria a interpretá-lo no filme Os Trapalhões e o Mágico de Oróz.
Na década de 1980 integrou o grupo de humoristas do programa A Praça é Nossa sob o comando do veterano Carlos Alberto de Nóbrega, onde interpretou personagens como "O Povo Brasileiro" (sempre pobre e cansado), o mulherengo "Coronel Totonho", e o cantor sertanejo "Chitãoró" (uma sátira à dupla sertaneja Chitãozinho e Xororó, no quadro "Chitãoró e Xorãozinho" onde atuava ao lado do comediante (e posteriormente diretor da Praça) Marcelo de Nóbrega.
A morte
Em 1999, após realizar dois shows na cidade de Palmas, decidiu se mudar com a família para o Tocantins, onde assumiu a função de dirigente do Palmas Futebol e Regatas.[4] Em 2004 deixou a Praça para se dedicar a seus shows solo e ao futebol,[4] mas em 2010 planejava seu retorno ao elenco do humorístico, além da produção de um programa de variedades em um canal de televisão
No dia 16 de fevereiro de 2010, Arnaud estava com mais dez pessoas em um barco no lago da Usina de Lajeado, a 26 quilômetros de Palmas, capital do Tocantins quando, por volta das 17:30, a embarcação virou devido a uma forte chuva com ventania característica da região nessa época do ano. Nove ocupantes do barco (entre eles a esposa do humorista e dois de seus netos) foram resgatados por moradores da região, mas o corpo de Arnaud só seria encontrado pelos bombeiros horas mais tarde, enquanto o piloto do barco permanecia desaparecido. Apesar de saber nadar, o longo tempo de permanência na água, provavelmente tornou fatal o ocorrido.
Mais homenagem a Serra Talhada
Por Farol de Notícias
Com informações Wikipédia