“Não nos restou alternativa”, disse o major da Polícia Militar Flávio França, comandante do Batalhão Especializado de Policiamento do Interior (Bepi), sobre o tiroteio que deixou cinco suspeitos de planejar um assalto mortos no Agreste de Pernambuco. Recebidas a tiros, os policiais reagiram e balearam o grupo, apontou durante coletiva de imprensa nesta terça (1°), no Recife.
As duas casas em que o grupo estava ficam no Sítio Caroatá, na PE-081, numa localidade próxima a Gravatá. As residências eram monitoradas há cerca de um mês.
A ação policial teve início por volta das 23h da segunda (30), quando o serviço de inteligência da PM identificou a chegada de armamento a um dos locais e recebeu a denúncia de que as armas seriam utilizadas em um roubo a um banco da região.
Ao todo, 30 PMs participaram da operação. “Na primeira casa, foi encontrado um casal que não demonstrou qualquer reação. No local, foi apreendida uma espingarda e eles foram detidos no local“, afirma o subcomandante da 5ª Companhia de Policiamento da PM, major Guilherme Bispo.
O casal, segundo a polícia, era responsável pelo “apoio logístico” ao grupo que estava no segundo imóvel. Nessa segunda residência estavam os suspeitos que teriam iniciado o tiroteio, segundo a PM.
“No momento da abordagem, a equipe foi recebida a tiros e reagiu à injusta agressão. Dissemos ‘aqui é a Polícia’ e pedimos para eles baixarem as armas, mas eles atiraram. Não nos restou alternativa a não ser reagir“, afirmou o major França.
Os cinco homens, de idades entre 22 e 37 anos, foram encaminhados ao Hospital Regional de Gravatá, mas não resistiram aos ferimentos. Após a troca de tiros, a PM apreendeu três espingardas, três pistolas, um revólver, seis carregadores das pistolas, munições de diversos calibres e dois coletes.
“O que nos chama a atenção é que os coletes apreendidos têm placas de cerâmica, que podem neutralizar tiros de fuzil. Isso mostra que eles estavam preparados para a ação policial, mas a quadrilha foi desfeita“, afirma o major França.
A PM também informou que segue investigando a quadrilha para tentar identificar outros possíveis membros que possam ter levado o armamento ao local da troca de tiros.
A ocorrência foi levada à delegacia de Vitória de Santo Antão, onde foi registrada pelo delegado de plantão Rogaciano Alves Campos. O caso deve seguir sendo investigado pela equipe da Polícia Civil em Gravatá.
Por G1 PE