De acordo com informações do delegado, em entrevista a Assis Ramalho, um suspeito foi preso em Petrolândia nesta quinta-feira (12/09/2019)
Nesta quinta-feira, 12, completam-se 32 dias do desaparecimento de Nayara Emanuela, 22 anos. No dia 10 de agosto, Nayara saiu de sua casa, em Petrolândia, em direção ao ponto de parada de vans. O destino final da jovem seria a cidade de São José do Egito, também no Sertão de Pernambuco. Desde então, o paradeiro de Nayara é desconhecido. Segundo informações passadas à polícia, a jovem não chegou ao seu destino, não foi vista embarcando em van e não deu mais notícias à família. Com três filhos aos cuidados de familiares, são 32 dias de aflição da família em busca da jovem. Nesse período, campanhas, manifestos, inclusive na Assembleia Legislativa de Pernambuco.
Na tarde desta quinta-feira (12), em conversa com a reportagem do Blog de Assis Ramalho e da Web Rádio Petrolândia, Dr. Roberto Fonseca, delegado regional que atende em Petrolândia, falou sobre o andamentos das investigações (veja abaixo a íntegra da entrevista feita no gabinete da delegacia de Petrolândia.
Sobre o andamento das investigações, o delegado disse que um suspeito foi preso nesta quinta-feira (12) no município de Petrolândia. ''A investigação que trata do desaparecimento de Nayara está em andamento. Nós temos um suspeito sob prisão temporária (preso hoje), que foi apresentado pela Polícia Civil e acatado pelo Juiz, e nós estamos dando prolongamento a essa investigação em busca da situação do desaparecimento'', frisou o delegado.
Sobre suposto aparecimento de Nayara, que teria sido vista por pessoas em determinados lugares, ele disse:
''Nós tivemos várias diligências. Algumas pessoas afirmaram terem visto ela, mas todas as informações foram checadas, mas não chegamos a nenhuma situação do paradeiro dela. Não é que não sejam concretas, mas as informações que tivemos não levou à pessoa dela", disse Dr Roberto, acrescentando que ainda tem linha de investigação que não pode ser revelada agora, para não atrapalhar as investigações, que estão sob segredo de Justiça.
O delegado responde se está otimista com desfecho do caso.
''A polícia vem trabalhando em um empenho geral da Delegacia de Petrolândia e até da Delegacia de São José do Egito. Há um envolvimento grande em cima disso", afirmou o delegado. Segundo ele, as investigações estão bem adiantadas, ''está do meio para o fim'', ressaltou.
O produtor cultural e blogueiro Alexandre Sertão, tio de Nayara, acompanhou a entrevista e falou do caso. Segundo ele, a família está aflita, mas afirma acreditar nos trabalhos da polícia.
''A aflição é tamanha, mas primeiramente a gente acredita em Deus e nós sabemos que há uma série de burocracia. A polícia está trabalhando. A gente sabe que tem umas certas dificuldades e tem que aguardar um prazo para se realizar, como o delegado colocou, para se ter uma certeza do que está fazendo. A gente está aflito sim, estamos sofrendo muito. Nayara tem três filhos, as duas filhas ficam perguntando se a mãe não vem ver naquele dia, e por que a mãe não veio. Então, a gente por si já sofre, imagine a gente vendo os filhos dizendo isso. Mas a gente está acreditando, por que tudo que poderia ser feito até o momento, foi feito. Tudo que a família poderia passar para a polícia foi feito, e nós sabemos do empenho, por que eu venho acompanhando desde o início e, dentro das possibilidades, eu vejo que a polícia está agindo. Então, isso é que é importante. Eu fico feliz por que cada dia mais, como ele (delegado) disse, estão tendo algumas colocações, mas tem que ter cuidado para não ser exposto e atrapalhar as investigações".
Alexandre Sertão responde se está satisfeito com o ritmo das investigações policiais.
''Recentemente, eu disse que, emocionalmente, eu acho que está demorando, mas o meu lado da razão diz que é desta forma que tem que agir, por que também não adianta ser um processo rápido e errar. Já pensou, por conta da aflição da família, a polícia agir rápido e cometer um erro? A gente não quer que por conta da nossa aflição, a DP (Delegacia de Polícia) de Petrolândia, que tem a responsabilidade com o caso, cometa um erro para nos satisfazer. De forma alguma. É preciso que seja de forma correta. e a gente está acreditando que isso está sendo feito dentro de um prazo, dentro das condições que se apareceu para o delegado e sua equipe. Então, a gente está acreditando dessa forma, que tudo vai ser feito na hora certa.
Confira abaixo a entrevista com o Delegado Roberto Fonseca e Alexandre Sertão.
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Redação do Blog de Assis Ramalho