Em 20 dias, deverá ser montado um grupo de trabalho e marcada uma nova reunião para conversar sobre a campanha salarial de 2019 dos policiais civis. Essa foi a promessa da Casa Civil de Pernambuco ao Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), após reunião ocorrida na noite dessa terça-feira (10), no Palácio do Campo das Princesas. O Sinpol quer que o salário dos agentes seja reajustado de forma proporcional à carga horária de trabalho, estendida desde 2010, quando foi implantado o Programa de Jornada Extra de Segurança (PJES).
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Antes da reunião, o sindicato promoveu uma passeata de protesto para pressionar o Governo de Pernambuco a ouvir a classe. “A gente está sendo explorado há quase dez anos e não vamos tolerar isso mais. Queremos que o estado se sente e converse conosco, mas só ignora, infelizmente. Mas continuamos querendo o diálogo”, afirmou o presidente do Sinpol, Áureo Cisneiros, antes de se reunir com representantes do governo.
A passeata saiu da sede da instituição, na Rua Frei Cassimiro, em Santo Amaro, e seguiu pela Avenida Cruz Cabugá, Parque 13 de Maio e Rua da Aurora. O trânsito ficou complicado nos arredores. Batedores da Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) acompanharam o ato e ajudaram a diminuir os transtornos no tráfego.
Depois da conversa no palácio, ficou acordada a criação do grupo de trabalho - que será integrado por Sinpol, Secretaria de Defesa Social e Secretaria de Administração - e a marcação da reunião para discutir a pauta de reivindicações. “A gente vai dialogar, também, sobre a nossa lei orgânica. Vamos esperar agora esses 20 dias”, pontuou Áureo.
A Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) confirmou as informações, mas classificou a passeata como “precipitada”, “considerando o canal de diálogo aberto com a diretoria da entidade e os significativos investimentos feitos pelo governo para melhoria das condições de trabalho, valorização profissional e ampliação do efetivo da PCPE”. “Vale lembrar que o último acordo salarial feito com a categoria foi cumprido, garantindo reajustes entre os anos de 2017 e 2018”, acrescenta a entidade, em nota.
“Em 2018, 850 policiais civis, aprovados em concurso, foram convocados, além de 700 agentes aposentados que foram contratados para atuar em trabalhos administrativos, liberando pessoal da ativa para as investigações e diligências. Esse número ainda será reforçado pelos 511 profissionais que estão se formando e serão integrados às delegacias a partir do início de 2020. Isso significa 1.361 profissionais a mais, não apenas reduzindo a sobrecarga, mas também aumentando a segurança para os cidadãos pernambucanos”, defende a PCPE.
Por Diário de Pernambuco