Em Jatobá, no Sertão de Pernambuco, faltando mais de um ano para as eleições municipais, a articulação política na disputa pela prefeitura já é intensa. Pelo menos oito pré-candidatos se movimentam em busca de espaço eleitoral. Além da prefeita atual, virtual candidata a reeleição, existem as possíveis candidaturas do atual vice-prefeito Eder Rodrigo, dos vereadores Zé Dantas e Neném do Hospital, do ex-vice-prefeito Nestor Soares, do empresário Nivaldo Junior, do ex-prefeito Robson, e do funcionário da Chesf Rogério Ferreira.
Em especial para o Blog de Assis Ramalho, nossa reportagem conversou, em redes sociais, com as personalidades que poderão ser destaques na eleição de 2020. Na quinta-feira (29/08) mostramos os perfis de Éder Rodrigo, Dr. José Dantas, Nestor Soares e Robson Leandro (reveja abaixo).
Neste sábado (31/08/2019), o funcionário da Chesf Rogério Ferreira, um dos pré-candidatos, também enviou à Redação da reportagem do Blog de Assis Ramalho o seu perfil.
Veja abaixo o perfil de Rogério Ferreira, no qual o pré-candidato responde questionamentos feitos pela nossa reportagem.
Meu perfil para a reportagem do Blog de Assis Ramalho
Sou Rogério Ferreira, Licenciado em Matemática e Bacharel em Engenharia de Pesca, funcionário da Chesf desde 2005, foi Assessor Contábil da Câmara de Vereadores de Jatobá, Professor na Escola Estadual de Itaparica e no Estado da Bahia, foi Gerente no Hospital Nair Alves de Souza, em Paulo Afonso (2012 a 2018) e Gerente da Regional de Paulo Afonso (Jun/2018 a Jun/2019). Em sua primeira apresentação no cenário político, foi terceiro colocado na eleição/2016, concorrendo para Prefeito de Jatobá. Reconhecido como um potencial e promissor Administrador, vem atuando nos bastidores da cena política da cidade, apontando as demandas e alcançando diversas indicações junto a ALEPE, com o apoio do Deputado Estadual Fabrízio Ferraz. O crescimento político de Rogério valida sua aparição no universo das pré-candidaturas e se comenta na cidade o lançamento da mesma chapa da eleição anterior, a qual foi construída sob a seguinte perspectiva: “Nossa plataforma política é formada por cidadãs e cidadãos que buscam a superação das dificuldades e que estão totalmente abertos ao diálogo e à união das forças políticas em nossa cidade, sempre visando melhorias coletivas. Todavia, repudiamos o loteamento político e outras práticas indecentes da mesma ordem, como troca de favores - que a mão esquerda ignore o que faz a mão direita. Repudiamos ainda a politicagem como forma de atrair aliados. A coletividade deve suplantar os interesses particulares e nossa cidade precisa de união e de políticos que doem um pouco da sua credibilidade, sem almejar vantagens individuais, valorizando a alternativa de gerenciamento do patrimônio público mais eficiente e eficaz, testada e aprovada! Uma cidade melhor pode criar oportunidade para todos e não apenas para familiares e apadrinhados. Não há como se falar em nova política com os mesmos recursos pragmáticos do passado coronelista, onde o poder financeiro define e sujeita os rumos e a sorte dos menos favorecidos”.
Algumas pessoas comentam sua ausência física na cidade, o que você tem a comentar?
“Muita gente precisa entender que vivemos em um mundo dinâmico e com novas tecnologias, portanto, necessitamos acompanhar e conviver com essas tendências de comunicação eletrônica. É ultrajante alguém dizer que não me localizou e/ou foi ignorado ao me procurar, pois qualquer pessoa pode ser acionada e conversar em tempo real, a qualquer distância, isso já faz parte, inclusive, das relações familiares, reduzindo distâncias e aproximando parentes. São outros tempos! Não ao retrocesso! Neste sentir, aproveitando a oportunidade, Pergunto: por essa questão levantada, seria prudente alterar o sistema eleitoral e escolher o representante pelo tempo em que ele permanece em casa ou nas calçadas da cidade? Isso garante a indicação do melhor gestor para a cidade? Quantos pais de família buscam alimentar seus dependentes e recorrem aos recursos alcançados no “trecho”? E esse fato os deixa menos chefe de família, menos capazes? É tempo de evoluir em tudo, até na superação dos argumentos falaciosos, fadados e fracassados. Há que se considerar ainda, que sou assalariado e tenho que prover o meu sustento e, de igual forma, há ainda que se considerar que não sou o gestor da cidade, não sou vereador e não tenho cargo eletivo. São esses, que são os verdadeiros funcionários do povo e recebem do nosso bolso para, além de sempre nos atender, criar soluções para hoje, inclusive de corpo presente. E que devem estar cotidianamente na cidade observando e promovendo as soluções adequadas, enquanto detêm o poder de representação popular e facilidade de chegar às autoridades Estaduais e Federais, com nossas demandas. É obrigação deles! Seguimos à margem, pois temos inato o desejo de contribuir. E digo mais, precisamos ainda compreender que não existe nenhum favor naqueles representantes que estão no dia a dia, na porta dos munícipes, oferecendo serviços públicos como se fosse favor. A obrigação dos exercentes de mandato eletivo é tratar bem a comunidade em todas as circunstâncias. Demais disso, desafio qualquer um que, em nossa cidade, precisou conversar comigo e não me localizou, pois meu WhatsApp é praticamente público – vez que o mantive ativo desde as disputas anteriores - e minha rede social é aberta, no intuito de atender e auxiliar quaisquer cidadãos, amigos, pessoas que desejarem meu apoio, dentro das minhas possibilidades e limitações. Basta saber também que diariamente estou em contato direto com as pessoas de nossa cidade e isso justifica meu nome ser sempre lembrado”.
Comenta-se que em sua administração, na Gerência de Paulo Afonso, você abandonou o Acampamento de Itaparica, o que tem a dizer?
“Até agradeço por tocar nesse assunto e permitir que eu esclareça alguns pontos que não são de conhecimento dos moradores do acampamento ou ainda não há um entendimento consensual e isonômico entre tais pessoas, além de ser explorado de maneira demagógica por alguns que preferem a leviandade à verdade. Primeiro, é importante frisar que os serviços de abastecimento de água, saneamento e energia foram transferidos há vários anos e não são de responsabilidade da Chesf, bem como as vias públicas pertencem ao Poder Público. De toda sorte, por sombreamento ou competência legal, a Chesf mantém algumas estruturas elementares, como coleta de lixo, por exemplo, que nunca deixou de existir no pequeno período que estive na Gerência. Foi apenas um ano! Saliento, no entanto, que fizemos também alguns mutirões de retirada de lixo e entulhos acumulados por anos anteriores em todo o acampamento; contratamos serviços que estavam paralisados ou deixaram de ser atendidos em gestões anteriores, como Jardinagem, Limpeza dos prédios, manutenção de cercas, confecção de tampas de bueiros que haviam sido vandalizados, manutenção do prédio do antigo Banco do Brasil, cujo ambiente favorecia a promiscuidade e outras atividades ilícitas, decorrente do infeliz arrombamento. No trecho, iniciado no alojamento nível II, foi aplicado concreto asfáltico frio, para correção primária da via. Em ato contínuo sempre foi prioridade e programada, em etapa integrante do acordo de transferência para o Poder Municipal, a pavimentação asfáltica de todas as vias do acampamento, ainda em trâmite, sob análise da Diretoria. Desse modo, em segundo lugar, cabe esclarecer que segue em andamento, um planejamento institucional de desmobilização dos ativos não-operacionais, por parte da Companhia, abrangendo o Acampamento, combinado assim, com um processo de transferência de toda a estrutura daquela localidade, para o Poder Municipal, com compensações financeiras, doação de bens móveis e imóveis e realização de obras de infraestrutura. Tal processo é regido pela Diretoria Executiva e a falta de acordo entre as partes, fragilizou a atuação da Gestão Regional, inviabilizando outras atividades que entendemos tão necessárias para o acampamento. De toda e qualquer forma, seria de relevada consideração e coerência, avaliar minha capacidade administrativa pelo período em que estive na Gerência do Hospital, travando batalhas com diversos municípios, superando dificuldades financeiras e possibilitando a assistência universal, humanizada e de qualidade, preenchendo principalmente as lacunas abertas pela deficiente assistência de saúde na rede municipal, à época, em quase todas as cidades circunvizinhas.
Gostaria de fazer alguma consideração para finalizar nossa entrevista?
Agradeço o espaço concedido pelo Blog de Assis Ramalho, pois tenho certeza que a credibilidade deste veículo de comunicação levará para muitas pessoas interessadas a informação verdadeira. Finalizo também esclarecendo que os problemas enfrentados pela população de Jatobá são recorrentes e porém, com governança, com qualidade, seriedade, boa vontade, capacidade de atrair parcerias, políticas públicas voltadas para a assistência básica e valorização do material humano, poderá se construir uma cidade melhor e de oportunidades para a comunidade em geral.
Éder Rodrigo, servidor público federal desde 2006, com passagens pelo INCRA e pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, filiado ao PRB, atualmente ocupa o cargo de vice-prefeito do município. Éder justifica sua provável candidatura em disputa com a atual prefeita, “por discordar da condução da atual gestão da prefeita Goreti, desde o início do governo, resolvi romper politicamente e fazer oposição". Segundo ele, "o município de Jatobá precisa urgentemente de um modelo de gestão pública inovador e moderno, capaz de criar condições que estimulem a geração de emprego e renda, além de prestar serviços públicos essenciais com qualidade. Não vi nada disso na atual gestão. Por isso que coloco meu nome a disposição como pré-candidato a prefeito para 2020; lembrando que a oposição possui outros nomes qualificados que terão o meu apoio, caso não seja eu o escolhido. O importante é que a oposição tenha maturidade e serenidade necessárias para formar uma grande coalizão em prol do município", conclui.
Dr. José Dantas, o popular
Zé Dantas, que além de vereador, é advogado, foi presidente da OAB/Petrolândia, com jurisdição em Floresta, Jatobá, Tacaratu, Inajá e Manari, por 18 anos; tendo seu último mandato terminado em dezembro de 2018 e foi prefeito de Petrolândia, por duas vezes, quando Jatobá ainda não havia se emancipado. “Tenho interesse em continuar servindo ao município, a exemplo do que que fiz quando prefeito e venho fazendo na Câmara Municipal, em cujo mandato, consegui emendas parlamentares junto ao então Deputado Everaldo Cabral, no valor de R$ 400.000,00, para construção de calçamentos na cidade. Poderei ser candidato à reeleição [como vereador], como também posso concorrer à própria prefeitura, se for o caso”, declarou o vereador jatobaense. Zé Dantas ainda informou sobre a composição do grupo de oposição ao governo municipal, do qual ele participa, pelo PSD: o vice-prefeito Eder Rodrigo, do PR; o ex-prefeito Robson [sem partido]; o ex-vice-prefeito Nestor Soares, do PSL, todos possíveis pré-candidatos, apoiados por Lafaete da Rede, entre outras lideranças locais, com o objetivo de lançar uma candidatura em coalizão com os demais partidos de oposição. "Já estamos em conversações com outras lideranças e há espaço para negociação com todas as forças políticas opositoras da atual gestão, tudo em prol de uma mudança capaz de impulsionar o desenvolvimento de Jatobá, o que não vem acontecendo atualmente", concluiu Zé Dantas.
Nestor Soares, natural da Volta do Moxotó, distrito de Jatobá, é participante ativo da política do município desde sua emancipação. Ocupou cargos de confiança de primeiro escalão, nos três mandatos do ex-prefeito João Gomes, como secretário de administração, finanças e chefe de gabinete. Nestor também foi vice-prefeito e vereador de Jatobá. Hoje, é filiado ao PSL, e integra o grupo de oposição ao atual governo municipal. "Sou pré-candidato a prefeito na eleição de 2020 e tenho como principal projeto e objetivo, se candidato eleito, investir fortemente no desenvolvimento sustentável do município, para fortalecer sua economia e oferecer melhores condições de vida para a população jatobaense", disse Nestor à nossa reportagem.
Robson Leandro, engenheiro civil e empresário, filho de Jatobá, prefeito de 2013 a 2016, também foi ouvido por nossa reportagem. “Quando prefeito, ultrapassei diversas crises, mas consegui vencê-las com muito trabalho, o que se vê por toda a cidade”. Ele assegura que realizou o sonho de Jatobá com a construção da praça funcional Eduardo Campos e que executou a maior obra social do município, o abastecimento d`água da Volta do Moxotó, para levar água a mais de 1.800 pessoas. Em sua gestão, segundo o ex-prefeito, foram construídas 40 casas populares em Itaparica e o nome de Jatobá foi elevado em nível estadual a Capital da Tilápia, o que ensejou a realização do maior evento Norte/Nordeste voltado para a piscicultura, a Feira de Negócios da Tilápia de Jatobá-Fentija. Sobre as polêmicas que marcaram o final de sua gestão, Robson afirma que “tivemos alguns problemas na gestão, mas nossa marca ficou por todo lado, seja na entrada do Bairro Itaparica, com uma escola ainda em construção, ou do outro lado da cidade de Jatobá, com o Centro Comunitário, outra escola e uma creche para 180 crianças. Segundo ele, a meta em 2020 é a união das oposições e se coloca seu nome à disposição do grupo na disputa municipal, pois “teria a maior satisfação de novamente trabalhar por Jatobá, se assim for a escolha interna do grupo político que integro e a vontade do povo”, ressalta.
Por sequência, todos os pré-candidatos serão entrevistados ao vivo na Web Rádio Petrolândia. Posteriormente as entrevistas são transformadas em matérias no Blog de Assis Ramalho
No dia 28 do próximo mês, dia do aniversário de Jatobá, o entrevistado será Eder Rodrigo - vice-prefeito do município.
Redação do Blog de Assis Ramalho