O auditório do Centro Cultural de Petrolândia recebeu, na noite desta quarta-feira (17), dezenas de permissionários que atuam com a comercialização de produtos de origem no mercado público da cidade para debater, junto com a equipe Abate da Fiscalização Preventiva Integrada da Bacia do São Francisco em Pernambuco (FPI/PE), ações imediatas para melhorar as condições sanitárias do equipamento público a fim de que ele possa ser reaberto.
A coordenadora da equipe Abate, Glenda Holanda, ressaltou que “o mercado público é um reflexo da situação do abate em toda a região; e aqui foram encontrados pontos de fragilidade que precisam ser resolvidos em nome da segurança dos consumidores, que somos todos nós”.
Dentre as medidas emergenciais que devem ser adotadas pelos comerciantes estão a limpeza dos pontos de venda de produtos de origem animal, uso de fardamento por parte dos comerciantes, controle de pragas, acondicionamento das carnes em equipamentos de refrigeração e uso de utensílios de aço e lixeiras com tampas.
Já por parte da Prefeitura de Petrolândia, ficou acertado que o município realizará as correções necessárias na infraestrutura do mercado, por meio da realização de obras de readequação para ajustar problemas no telhado, instalações elétricas e de iluminação. O poder público também deverá providenciar as adequações exigidas pelo Corpo de Bombeiros no que diz respeito aos projetos de incêndio e pânico.
Irregularidades - durante a inspeção no mercado público, a FPI/PE identificou peixes expostos diretamente em balcões de pedra, sem uso de gelo para resfriar o produto; ausência de documentação de origem das carnes; sistema de drenagem, chão e revestimentos sujos e quebrados; torneiras sem água; e presença de moscas e outros insetos.
Quatrocentos quilos de frango apreendidos - ainda na quarta-feira os técnicos da FPI/PE apreenderam um total de 400 quilogramas de carne de frango em um estabelecimento clandestino na zona rural de Petrolândia. O empreendimento, que funcionava no mesmo terreno de uma granja, foi interditado em razão de uma série de irregularidades que envolvem falta de licenciamento e de condições sanitárias. O produto foi levado para o aterro sanitário da cidade, onde foi descartado.
Abatedouro com péssimas condições - o abatedouro municipal de Petrolândia também passou por fiscalização da equipe Abate. O equipamento, que foi interditado pela Prefeitura no primeiro dia da FPI/PE, passou por vistoria nas áreas interna e externa. Já no acesso foram identificados problemas relativos à área de entrada dos veículos. Dentro do abatedouro os problemas incluem banheiros e vestiários em desconformidade com a legislação, equipamentos enferrujados e falta de forro no telhado.
Um problema crítico foi identificado no sistema de recolhimento de resíduos, que não possuía a destinação adequada; a água usada no processo de abate se misturava com restos dos animais e era acondicionada em lagoas fora das especificações, o que resulta em descarte do material efluente a céu aberto.
Da mesma forma, os resíduos sólidos não eram descartados da forma correta. Os técnicos localizaram acúmulo de lixo, incluindo cascos, chifres e ossos de bois e bodes, que além de contaminar a área de manipulação de alimentos ainda atraem vetores de doenças.
Floresta - o açougue e abatedouro público de Floresta foi interditado nesta quinta-feira (18) devido ao descumprimento das normas sanitárias. Cerca de 350 quilogramas de produtos de origem animal foram apreendidos e inutilizados por não terem condições de consumo.
FPI/PE