Após discurso de apenas 6 minutos, muito menor do que os feitos por outros presidentes brasileiros que participaram do Fórum, Bolsonaro e o filho Eduardo deram uma escapadinha almoçar e turistar em Davos. Último presidente brasileiro a fugir de cafés e almoços oficiais do evento foi Fernando Collor.
O presidente Jair Bolsonaro fez ontem sua estreia internacional com um discurso de seis minutos no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça. Foi o primeiro chefe de Estado a falar no evento deste ano. Sucinto, tocou nos pontos que a plateia de investidores mais estava interessada: o governo busca melhorar o ambiente de negócio no Brasil, com desburocratização, incentivo ao comércio internacional e redução da criminalidade. Ele enfatizou também o meio ambiente, tema sensível ao público mundial e sobre o qual pairam dúvidas quanto às ações que serão promovidas no mandato dele. À noite, em reunião com empresários, ele afirmou que, por ora, o Brasil vai continuar no Acordo de Paris sobre o clima.
Por meio do Twitter, Bolsonaro destacou que foi o primeiro líder de um país no Hemisfério Sul e de fora do G7, o grupo das nações mais ricas, a discursar na abertura do evento. A intervenção dele teria, a princípio, 45 minutos. Foi reduzida para meia hora. Mesmo com as questões, porém, não passou de 16 minutos no total. Houve críticas de analistas quanto à superficialidade das propostas apresentadas. A recepção do público local foi fria, com poucos aplausos ao final, indicando certa decepção, já que a procura por ingressos para garantir um lugar no auditório havia sido grande.