Enquanto o futuro governo brasileiro acena que buscará em Israel soluções para combater os efeitos da seca e da estiagem no Nordeste, uma delegação africana, composta de representantes de Burkina Faso, Níger e Senegal, iniciou nesta segunda-feira (10), no Ceará, um intercâmbio organizado pela Articulação do Semiárido Brasileiro-ASA e Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO). O objetivo do evento, que vai até sexta-feira (14), é a troca de experiências que ajudem a melhorar a qualidade de vida das populações que vivem em áreas áridas e semiáridas do mundo.
A primeira atividade do intercâmbio, na manhã de hoje, foi uma visita à sede do Cetra - Centro de Estudos do Trabalho e Assessoria ao Trabalhador, em Fortaleza, para conhecer as estratégias de convivência com o Semiárido brasileiro.
A comitiva africana e representantes da ASA foram recebidos pelo secretário de Desenvolvimento Agrário do Estado do Ceará, De Assis Diniz. "Esta relação entre sociedade civil e governo é fundamental para a construção de políticas de convivência com o semiárido. O Estado do Ceará é uma referência para nós. Queremos que essa relação avance em outros estados do Semiárido", destaca Valquíria Lima, coordenadora da ASA.
Na semana passada, o coordenador da ASA no Ceará, Luiz Carlos, explicou a importância da programação do intercâmbio. “Todas as experiências visitadas são de iniciativa dos próprios agricultores e agricultoras experimentadoras que conseguiram se consolidar enquanto experiência, enquanto política pública. Algumas já com investimento de governo e sendo socializadas para outras famílias. Então, é de fundamental importância saber que nossos agricultores são detentores de sabedoria, de experiência, de iniciativa, que os tornam resistentes, persistentes e preparados para conviver com o Semiárido”, ressaltou.
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Blog de Assis Ramalho
Com informações e fotos da ASA