Ato religioso marca o início do Mês da Consciência Negra em Pernambuco (Fotos: Ray Evllyn)
Povos Tradicionais, de Terreiros, de Umbanda, Candomblé, de Jurema. Estes são as pertenças religiosas que fazem parte da tradicional Caminhada de Terreiros de Pernambuco, que realizou a 12ª edição, na cidade do Recife, nesta quinta-feira (01/11). Tradicionalmente, o festejo tem saída do Marco Zero da Cidade, no Bairro do Recife.
A sensação de pertencimento tomou conta da Praça, tomada por mulheres, homens, pessoas idosas e crianças, vestidos com as indumentárias características das religiões de matriz africana, ao tempo em que ostentavam a consolidação da democracia, frente ao enfrentamento da intolerância e ao preconceito. “Construir a Caminhada é manter viva a religião; é apresentar nossos costumes às pessoas que não são da mesma religião que nós, mas vêm aqui, para prestigiar, conhecer. Isso mostra que elas não têm preconceito, só curiosidade. Para nós, o enfrentamento ao preconceito está aí, também. Devemos isso à memória de tantos negros e negras que morreram lutando para o negro ter espaço na sociedade”, comenta Mãe Elza, assessora da coordenadoria de Igualdade Racial da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) e coordenadora religiosa da Caminhada.