Votações encerradas, urnas contadas, resultados publicados, resta aos grupos políticos de Petrolândia e seus aliados analisarem os números do primeiro turno das eleições de 2018. A votação não foi para mandatos no município, mas, houve baixas significativas, principalmente, no terreno da oposição, encabeçada pelo PTB. Por outro lado, as lideranças sindicais têm muito o que comemorar, com expressivas votações e eleição de candidatos de legítima esquerda. Já o grupo da situação obteve vitórias por um lado, mas, por outro, demonstrou que tanto faz quem será o próximo presidente da República. Ou não.
Nesta eleição, o grupo de situação em Petrolândia, sob liderança do PSB, é formado pela Prefeitura, lastreada por secretários, comissionados e indicados herdados da gestão anterior (Pastor Ricardo Rodolfo, prefeito durante 7 meses, em 2017), e, até o final de 2018, o presidente e o vice-presidente da Mesa Diretora da Câmara Municipal, além de lideranças políticas e comunitárias. Este foi o grupo que apoiou a reeleição do governador Paulo Câmara, também do PSB, em chapa que teve, entre outros, o partido da vice-governadora eleita Luciana Santos, PC do B, o Partido dos Trabalhadores, com o senador reeleito Humberto Costa, e o MDB, do senador eleito Jarbas Vasconcelos. Na antevéspera da eleição, foi distribuída uma carta da prefeita em apoio ao governador e aos seus deputados. Pela candidatura do PT, nem um bilhete.
As equipes mobilizadas pelo PSB local empenharam-se, de fato, para reeleição do governador e dos deputados oficiais da Prefeitura de Petrolândia, ambos do Solidariedade-SD, Augusto Coutinho, reeleito deputado federal, e Alberto Feitosa, deputado estadual reeleito. Mas, o mesmo afinco, ou melhor, nem mesmo leves acenos, foram vistos para a campanha de Haddad e dos senadores da chapa do PSB. A aliança foi formada com a desistência de candidatura própria do PT ao governo de Pernambuco, provavelmente com Marília Arraes, agora deputada federal eleita, na cabeça de chapa. Nesta campanha, Petrolândia virou a "Ilha da Fantasia", onde políticas federais de um próximo governo, cujas propostas foram apresentadas - ou não - em meio a uma eleição acirrada e polarizada, acaso implantadas não vão afetar a economia do município, cuja população é, predominantemente, pobre.