
Rentabilidade da produção de mel, que varia entre 70% e 80%, vem atraindo mais pessoas (Foto: Bruno Rocha/Codevasf)
A seca dos últimos seis anos no Norte de Minas Gerais está levando o produtor de gado a trocar de negócio e a investir nas abelhas. “Os produtores precisam de alternativas para a geração de renda, menos dependente das chuvas. E a apicultura se mostrou um excelente negócio, com uma margem de rentabilidade muito alta, de 70% a 80%”, diz o analista em desenvolvimento regional da 1ª Superintendência Regional da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Fabrício Lopes da Cruz.
Produtor rural de Bocaiuva, no Norte do Estado, Moisés Rito da Silva desistiu de criar gado há nove anos, por causa da falta de capim. “Pra mim, após a mudança, está bom demais. Eu gostei. É um serviço melhor, porque um pacotinho de cebola você vende a R$ 2”, conta. Ele explica que a plantação com a qual trabalhava só é viável dois meses ao ano, quando chove.
A cidade de Silva ocupa a segunda posição na produção de mel, com cerca de 180 toneladas/ano, só perdendo para Santa Bárbara, na região Central do Estado. Hoje, Minas Gerais é o quarto maior produtor de mel do país. Silva conta que o trabalho disponível para ele é a apicultura. “Meu serviço é esse: mexer com as abelhinhas”, diz Silva.