Confira no programa Conexão Ciência pesquisa da Embrapa, pioneira no mundo, que resultou no desenvolvimento de variedades de mamona sem ricina (Foto: Divulgação)
A mamona (Ricinus communis L.) é uma planta oleaginosa com uma ampla gama de aplicações para a agricultura e agroindústria. Por suas características, é capaz de produzir bem em condições de clima extremas, como o semiárido brasileiro. Entretanto, é portadora de uma substância chamada ricina, tão venenosa, que é tratada como arma biológica em países como os Estados Unidos, onde o seu cultivo é proibido. A boa notícia é que a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, unidade da Embrapa localizada em Brasília, DF, conseguiu desenvolver variedades de mamona atóxicas, sem a presença da ricina. Para falar sobre essa novidade, que pode alavancar a agricultura dessa região e até mesmo abrir a possibilidade de exportação da mamona para novos mercados, o programa Conexão Ciência desta semana entrevistou o pesquisador Francisco Aragão. O programa foi exibido na terça-feira (07/08), na TV NBR e já está disponível no canal da emissora no YouTube.
A presença da ricina prejudica o potencial altamente nutritivo da mamona, fazendo com que hoje seja muito utilizada na fabricação de adubo. Segundo Aragão, a pesquisa objetiva usos mais nobres para essa planta, como por exemplo, na fabricação de torta para alimentação animal. “Trata-se de uma opção de baixo custo que, aliada à adaptação da mamona a climas extremamente secos, poderia alavancar a produção agropecuária do semiárido brasileiro”, destaca.
Para se ter uma ideia do teor de veneno da ricina, ela é considerada arma biológica em países como os Estados Unidos, onde seu cultivo é proibido. Por isso, as variedades atóxicas desenvolvidas pela Embrapa vêm despertando interesse de vários países. Além dos EUA, China, Índia e outros já procuraram a Empresa de olho no bom potencial que apresenta para diversos segmentos, da indústria, como alimentação, química, têxtil, plástico e borracha, papéis, perfumaria, cosméticos, farmácia, eletroeletrônicos e telecomunicações, tintas e adesivos, e lubrificantes, entre outros.
Pesquisa é pioneira no mundo