Depois do financiamento de R$ 420 mil do CNPq, a Rede Ecolume visa "plantar água" em Pernambuco, a partir da ciência e tecnologia para potencializar o conhecimento da natureza, como das plantas nativas, além da otimização da energia do sol (Fotomontagem: Divulgação)
Na última terça-feira (17), pesquisadoras da Rede Ecolume, que estão desenvolvendo em Pernambuco um projeto com o apoio financeiro do CNPq, onde potencializa a energia solar e a vegetação local para 'plantar água' no estado, foram recebidas pelos Ministérios do Meio Ambiente (MMA), da Educação e Cultura (MEC) e da Agricultura e Pecuária (Mapa), todos em Brasília. Em cada pasta, a climatologista do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), Francis Lacerda e a professora do Departamento de Bioquímica da UFPE, Márcia Vanusa, apresentaram as potencialidades socioeconômicas e ambientais do projeto. Além do IPA e da UFPE, a rede é formada por entidades de pesquisa e tecnologia do país. A Ecolume é liderada pelo mais novo laboratório em atividade no IPA, que é voltado para questões da mudança climática e a vegetação regional.
"Com a mudança do clima, muita coisa precisa e já esta se modificando, pois seu impacto será significativo sobre o recurso hídrico com efeitos, por exemplo, para agricultura e outros setores socioeconômicos. E como ficarão as populações das regiões semiáridas, que convivem com pouca chuva e com áreas já desertificadas ou indo nesta direção?" pergunta Francis, coordenadora técnica do Laboratório de Mudança Climáticas do IPA. Ela acredita que a ciência integrada ao conhecimento da própria natureza, plantas nativas e energia solar, que precisam ser estudadas e potencializadas, além da reeducação das pessoas para tais questões, pode solucionar o aparente caos próximo. E este é o objetivo científico da Ecolume através do projeto chamado Socioeconomia Verde e outros que já estão em fase de elaboração e de aprovação.