
Sócios de escritórios de advocacia são empreendedores com relação comercial das mais delicadas e sensíveis, comparando-a aos outros mercados. As razões são várias, mas apenas apontando a mais importante: escritórios de advocacia não são empresas patrimoniais onde a importância relativa ou a relação de poder é definida pela quantidade de cotas que cada sócio tem dos bens da empresa ou do valor que investiu.
Os fatores que determinam essa relativização, na sua maioria, não são objetivos. Atributos como conhecimento jurídico, experiência, relacionamentos, reconhecimento no mercado, capacidade de captação, são apenas alguns deles que interferem decisivamente na importância relativa do sócio e que são quase todos subjetivos e muito difíceis de serem avaliados. Alguns dos poucos fatores objetivos nessa complicada equação são faturamento próprio ou da equipe e percentual da carteira, que normalmente são utilizados pelos escritórios que utilizam o modelo “eatwhatyoukill”.
Em última instância, cada sócio “vale” na sociedade aquilo que todos os outros sócios “acham” que ele vale.