A estudante de pedagogia Remís Carla da Costa, de 24 anos, foi morta por asfixia causada por esganamento, informou a Polícia Civil de Pernambuco (PCPE), na manhã deste domingo. O motivo da briga do casal girou em torno de um celular. Em depoimento, o ajudante de pedreiro Paulo César de Oliveira Silva, de 25 anos, confessou o crime com riqueza de detalhes. Ele vai responder pelos crimes de ocultação de cadáver e feminicídio.
Na primeira versão, Paulo César contou que ao final da discussão Remís partiu para a casa da mãe em Igarassu. Após confessar o crime, ele explicou que durante a discussão, que girou em torno de um celular, ele a esganou, provocando a morte da estudante. "Durante a discussão, ele colocou a mão esquerda na boca dela, para não fazer barulho, e com a direita ele terminou por esganá-la. O celular era dele e ela almejava levar o aparelho, porque ele havia quebrado o smatphone dela no dia 22 de novembro. No dia 17 de dezembro, eles se encontraram e ela disse que iria levar consigo o aparelho. Isso culminou em uma discussão, na luta corporal e no feminicídio", informou o delegado Élder Tavares, titular da Delegacia de Desaparecidos e Proteção à Pessoa. Paulo César confessou que fez uso de cocaína e maconha momentos antes do crime.
De acordo com a chefe da Polícia Científica, Sandra Santos, a perícia realizou um trabalho de busca de sinais de violência, embora o corpo estivesse em avançado estado de decomposição. "Existe sinais da esganadura, mas não havia sinais de violência sexual, nem vestígios de sangue", informou.