Uma epidemia: assim é considerado o cenário global do diabetes tipo 2. Atualmente, um entre 11 adultos sofre de diabetes no mundo, e estima-se que até 2040 o número total de pessoas diagnosticadas com a doença chegue a 227 milhões, ou seja, 10.4% da população mundial, de acordo com dados da International Diabetes Federation (IDF)¹.
No entanto, muitos pacientes diabéticos ainda desconhecem que a doença é um dos principais fatores de risco para complicações como infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e entupimento de artérias, especialmente de membros inferiores – segundo a American Heart Association², 68% dos diabéticos com 65 anos ou mais morrem devido a alguma doença cardíaca, e 16% morrem de AVC.
Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), o risco de morrer por algum problema cardiovascular é quatro vezes maior em quem tem diabetes tipo 2³. A seguir, o Dr. Marcelo Horácio, Diretor Médico da AstraZeneca Brasil, tira dúvidas sobre o tema:
1. Existe uma causa principal para a relação entre diabetes tipo 2 e riscos de problemas cardiovasculares?A própria condição do diabetes tipo 2 é propícia para que o paciente esteja mais suscetível a desenvolver complicações cardiovasculares. Como a doença é caracterizada pela resistência à insulina decorrente da síndrome metabólica – que inclui obesidade, sedentarismo e tabagismo, entre outros fatores, o paciente diabético já é considerado dentro do "grupo de risco" para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Além disso, casos de hipertensão em diabéticos também são comuns, o que também é um fator de risco para o desenvolvimento de complicações desse tipo.