Um estudo confirma alguns dados da lenda sobre o saco deixado por um anjo na Campânia, para monges sitiados por lobos. Se não fosse ofensivo para o Pobrezinho de Assis, poderíamos dizer que São Francisco colocou todos no saco. Mas não no sentido de ter enganado alguém. Pelo contrário: uma relíquia ligada à sua memória por uma antiga tradição acabou de ser confirmada como 'autêntica' por testes científicos. Ou melhor, é compatível por idade e uso. Estamos falando do "Saco de São Francisco", fragmentos de tecidos preservados no mosteiro de Folloni, próximo a Montella, na região da Campania.
A reportagem é de Andrea Tornielli, publicada por La Stampa, 03-10-2017.
Segundo a tradição, o saco com pães teria se materializado na porta do mosteiro de Folloni, no inverno de 1224, enviado diretamente por São Francisco, que naquele momento encontrava-se na França, graças à ajuda de um anjo, para alimentar os monges sitiados pela neve e pelos lobos. E, portanto, com falta de suprimentos. Para corroborar a ligação com o Pobrezinho de Assis, a presença de um lírio no tecido, símbolo da França e, portanto, da origem milagrosa.
Os exames
Igrejas e mosteiros na Itália e no mundo estão repletos de relíquias ou de supostas relíquias, cuja autenticidade ninguém é capaz de atestar, devido à enorme difusão do fenômeno e do fato que eram considerados relíquias também os tecidos que apenas entravam em contato com o túmulo do santo ou com uma relíquia que lhe pertencia.