Fotos: Lúcia Xavier
Nesta quinta-feira (21), é celebrado o Dia Nacional da Árvore, data comemorativa que costuma ser lembrada com o plantio de mudas, geralmente de espécies nativas de cada região, para arborização de espaços públicos. Neste quesito, Petrolândia tem pouco para servir de modelo. Em vários pontos da cidade, há árvores mortas por falta de água ou por maus tratos.
Na Orla Fluvial, as elegantes palmeiras que ilustraram antigos cartões postais, em cerca de dois anos, a maioria delas morreu, algumas arrancadas e as restantes transformadas em altos troncos sem copas.
Na avenida Manoel Borba, no centro da cidade, há alguns anos, foram retiradas as algarobeiras do canteiro central, substituídas por mudas de palmeiras imperiais. Poucas ainda estão vivas. Em alguns pontos, onde já houve mudas, ficaram no cimento os círculos, agora cheios de capim, plantinha que não tem luxo, nasce e cresce sem cerimônia, no canteiro que é mais usado como depósito de sacos à espera do carro do lixo. Os buracos feitos para acomodar as plantas, cercados por gradeado, são todos feitos de lixeiras.
Mas, na mesma avenida, algumas palmeiras resistem, não se sabe como. Além de bem servidas do lixo de todo tipo que cobre suas raízes, onde deveria haver água para rega, em uma delas - a maldade humana não tem limite - jogaram um produto parecido com resto de massa de cimento.
Já na avenida dos Três Poderes, as palmeirinhas também não vingaram e quase todas deram lugar a mudas de nim, árvores que se desenvolvem rapidamente e, diferente das palmeiras, precisam de podas com frequência. É justamente no final dessa avenida, no girador que a liga às avenidas Marquês de Olinda e Auspício Valgueiro Barros, que encontramos, em pequena escala e fácil visualização, o modelo de como se perde a arborização em Petrolândia: três grandes e bonitos vasos, cheios de terra compactada, sustentam gravetos que sobraram de lembrança das plantas que viveram neles para enfeitar a cidade.
Feliz Dia Nacional da Árvore às árvores que ainda vivem!
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Redação do Blog de Assis Ramalho