O sargento Fabio José Cavalcante e Sá, de 39 anos, havia saído do trabalho, no 34º BPM (Magé) e, como fazia em todo fim de semana de folga, foi participar de um churrasco com a família no Largo do Guedes, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, onde nasceu e foi criado. Quando chegou, por volta das 9h de ontem, parou o carro na calçada, entre a casa de sua família e a loja de seu pai.
Mal saiu do veículo, cerca de seis homens em dois carros pararam bruscamente e começaram a atirar cerca de 30 vezes com fuzis e pistolas. Depois que o sargento caiu no chão, dois homens saltaram. Recolheram documentos, um colar de ouro, um anel dourado com a silhueta de São Jorge e a pistola do policial. Em meio à súplica do pai, que estava no bar à frente e assistiu a toda a cena, para que não matassem o filho, um dos homens ainda descarregou o pente da arma do próprio PM no corpo inerte.
O relato é de uma testemunha ouvida na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) na tarde do último sábado. Para a polícia, não há dúvida: o centésimo PM a morrer no estado do Rio em 2017 foi executado. Ao todo, 11 tiros atingiram Cavalcante — quatro no rosto. A hipótese de latrocínio foi descartada.