Material apreendido durante operação das polícias de Pernambuco contra milícias (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Policiais militares presos por integrar uma milícia em Pernambuco são responsáveis por atentados a residências de oficiais da PM. Eles tentaram intimidar os superiores para manter nos batalhões os membros da organização envolvidos em segurança privada de políticos, prisões ilegais feitas com uso de fardas e armas da corporação, além de e assassinatos ocorridos no Agreste do estado. Essas são as conclusões apontadas pela ‘Operação Hostes’, deflagrada na terça-feira (15), no Recife e no interior.
De acordo com o delegado Bruno Vital, da Divisão de Homicídios do Agreste, as investigações, iniciadas em setembro de 2016, tiveram como ponto de partida os atentados aos oficiais da PM. “Esses PMs foram ameaçados e tiveram residências atingidas por disparos de arma de fogo. Precisávamos saber o que estava acontecendo e entender essas ameaças”, observou, durante coletiva nesta quarta (16), no Recife.
Ao longo da apuração, foi possível chegar a essa organização criminosa. Liderado por um sargento com mais de 10 anos de corporação, o grupo, segundo a polícia, praticava esses atentados para manter a atuação na região.
“Eles intimidavam os superiores para evitar as transferências de batalhão e mudanças de escala. Eles tinham interesse em manter a atuação na cidade”, afirmou o delegado.