A crise política que domina a agenda em Brasília e as incertezas da reforma política em discussão e suas consequências para a disputa do ano que vem não impedem os “presidenciáveis” a dar a largada em suas (pré) campanhas no segundo semestre. Como costuma acontecer em anos que antecedem eleições gerais, o calendário eleitoral se impôs no mês de agosto.
No ranking de milhagens, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-governador do Ceará e ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), despontam na frente.
Doria, que tenta se firmar como antagonista do PT, vai passar por 9 cidades em 8 Estados em quatro semanas. Quando questionado sobre a razão dos deslocamentos, o prefeito costuma dizer que São Paulo “é uma cidade brasileira” e que todos os custos são pagos por ele, que viaja em seu próprio avião.
No dia 18, por exemplo, Doria será ciceroneado no Recife pelos ministros Bruno Araújo (PSDB), das Cidades, e Mendonça Filho (DEM), da Educação. No dia 31, o senador tucano Cássio Cunha Lima (PB) receberá o prefeito paulista em Campina Grande, na Paraíba.
Ao mesmo tempo em que procura ampliar a influência no PSDB, o prefeito consolida pontes com o aliado DEM, que, como o PMDB, já deixou as “portas abertas” para recebê-lo.