Os R$ 4,1 bilhões deram gorda contribuição ao rombo, estimado em R$ 10 bilhões, nas previsões de Henrique Meirelles. Tiveram, assim, presença pesada nas causas do aumento de impostos nos combustíveis
Reagem muito cedo os indignados com os R$ 4,1 bilhões do Tesouro Nacional empenhados pelo denunciado Michel Temer para compra de votos na Câmara contra o seu afastamento.
Deputados esfregam as mãos e abrem os bolsos: o que a Câmara derrubou foi só o primeiro dos processos criminais contra o denunciado Temer previstos pelo procurador-geral Rodrigo Janot. A pirataria no Tesouro não está completada, portanto. Os deputados devem votar outra vez. E segundos votos queimativos na opinião do eleitorado, a caminho de ano eleitoral, não dispensam o aumento de preço.
Os R$ 4,1 bilhões deram gorda contribuição ao rombo, estimado em R$ 10 bilhões, nas previsões de Henrique Meirelles. Tiveram, assim, presença pesada nas causas do aumento de impostos nos combustíveis. Logo, o assalto para a vitória de Temer foi duplo, ao Tesouro e aos que o desejam fora do governo. O que virá da compra de mais votos e, depois, da necessidade de cobrir novo rombo, aí, sim, dará a escala da indignação merecida. Esta seria uma questão para discutir-se agora, em tempo de impedir o assalto enquanto Janot recheia a nova denúncia, diz ele, "sem ter pressa". Depois, será apenas pagar em dinheiro, em custo de vida, em desemprego.