Busca por transparência e ética nas corporações tem contribuído para um crescimento histórico no número de auditores internos inscritos em certificações internacionais. Dado é positivo, mas país ainda engatinha na comparação com nações desenvolvidas
As duras lições impostas por escândalos como Petrolão e Lava Jato têm surtido efeito, como fomentadoras de investimentos em áreas de auditoria. O Instituto dos Auditores Internos do Brasil – IIA Brasil, acaba de divulgar dados que comprovam a tendência de as empresas investirem em qualificação de seus profissionais. Segundo a entidade, o primeiro semestre deste ano terá quase 60% de crescimento no número de auditores que obtiveram uma das certificações internacionais do Instituto, no comparativo ao mesmo período de 2016.
A busca por qualificação tem aumentado nesses anos de crise econômica e política. Ano passado, por exemplo, quase 50 profissionais obtiveram algumas das cobiçadas certificações como a CIA (Certified Internal Auditors) – considerado o principal selo da carreira no mundo. O dado representa um crescimento de 52% em relação a 2015. Trata-se de certificações internacionais dificílimas de conquistar, que em geral, leva-se entre 1 e 3 anos para obtê-las. Elas foram criadas e são emitidas pelo The IIA – The Institute of Internal Auditors, o maior organismo de auditoria do planeta, com mais de 160 mil associados. Por aqui, a gestão e emissão é realizada pelo IIA Brasil.