Citados negam acusações de Ricardo Saud (foto)
O ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, morto em acidente de avião em 2014, foi acusado de negociar a quantia de R$ 15 milhões em propina durante a campanha à presidência da República, no mesmo ano de sua morte. A informação foi repassada pelo diretor da holding J&F, empresa controladora do frigorífico JBS, Ricardo Saud, durante delação no dia 5 de maio, na sede da Procuradoria Geral da República, em Brasília.
Além de Campos, o atual governador de Pernambuco, Paulo Câmara, o prefeito do Recife, Geraldo Julio, o senador Fernando Bezerra Coelho e o ministro das Cidades, Bruno Araújo, também são citados como integrantes das negociações e recebimento de valores.
Segundo Saud, Eduardo Campos receberia mais dinheiro conforme o crescimento de sua campanha presidencial. “Um cara novo, de futuro, aí a gente resolveu investir nele. Nós pusemos lá um limite, pra iniciar, pra ver as coisas. Falamos ‘nós vamos deixar aqui pra você uns R$ 15 milhões de propina, se você começar a crescer, nós vamos melhorando isso aí’, e isso foi feito”, conta.